Quase 8% das crianças brasileiras sofrem de enxaqueca, diz pesquisa inédita

Quadro aumenta problemas de desempenho na escola, além de elevar o risco do surgimento de distúrbios como depressão e ansiedade

Enxaqueca: Segundo levantamento, apenas 18% das crianças brasileiras nunca se
 queixaram de dores de cabeça (Thinkstock)
Um estudo recente concluiu que 7,9% das crianças brasileiras de cinco a 12 anos têm enxaqueca, ressaltando o fato de que queixas frequentes de dor de cabeça em crianças devem ser levadas a sério. O levantamento, apresentado neste mês no 26º Congresso Brasileiro de Cefaleia, no Rio de Janeiro, é o primeiro a avaliar a prevalência da enxaqueca infantil no país.
Segundo o neurologista Marco Antonio Arruda, diretor do Instituto Glia de Cognição e Desenvolvimento e autor do estudo, ao contrário do que muitos pensam, crianças podem, sim, ter enxaqueca. De acordo com o médico, sua pesquisa mostrou que uma criança com o problema pode desenvolver dificuldades emocionais, além de ter o desempenho escolar prejudicado. Os resultados completos do trabalho serão publicados na edição de outubro da revista científica Neurology.
Ao todo, foram avaliadas 5.671 crianças de 18 estados e 87 cidades brasileiras. Seus pais responderam a um questionário validado cientificamente, e os professores dos jovens relataram o desempenho escolar desses alunos. Segundo a pesquisa, apenas 17,9% das crianças brasileiras nunca se queixaram de dores de cabeça. E, além dos 7,9% que têm enxaqueca episódica, 0,6% apresenta a forma crônica da doença, que se caracteriza por dores em mais de 15 dias por mês.
Desempenho acadêmico — Quanto ao impacto nas atividades escolares, o levantamento descobriu que, na população com enxaqueca, o risco de ter dificuldade em prestar atenção na aula é 2,8 vezes maior do que entre as crianças saudáveis. Já o risco de ter um desempenho abaixo da média é 32,5% maior entre as com enxaqueca episódica e 37,1% maior entre as com enxaqueca crônica. O problema também é motivo de faltas: 32,5% das crianças com enxaqueca episódica perdem dois ou mais dias de aula por causa da dor. Além disso, os sintomas de depressão e ansiedade têm um risco 5,8 vezes maior de se manifestarem nas crianças com enxaqueca.
De acordo com o neurologista Mario Fernando Prieto Peres, do Hospital Israelita Albert Einstein, os principais sinais de que a criança pode estar sofrendo de enxaqueca, além das queixas frequentes de dor de cabeça, são enjoo, vômito, incômodo com luz ou barulho, relato de alteração visual e de dores pulsantes. O neuropediatra Carlos Takeuchi, do Hospital Infantil Sabará, observa que, no caso das crianças, gatilhos comuns para a cefaleia são excesso de sol, longos períodos de jejum e o consumo de alguns alimentos.
Atualmente, o tratamento para enxaqueca infantil segue três passos: analgésicos para as crises, alteração de hábitos que desencadeiam a dor e, caso as mudanças não sejam suficientes para cessar o problema, aplica-se também um tratamento profilático com medicamento de uso contínuo.
Fonte: Veja

Como responder “A fase dos porquês?”


Um filho é sempre uma grande alegria: suas roupinhas, sua carinha, seu jeitinho de descobrir o mundo... e de repente... opa! Ele começa a falar e perguntar, Por quê? Será que para os pais esta etapa é tão esperada assim? Será que eles sabem o que fazer? Como responder a todos os questionamentos dos pequenos? Como falar de assuntos delicados como sexo, educação e limites? O que fazer na fase dos porquês?
 
Realmente é uma fase complicada para os pais que, por um lado, querem ter uma relação de confiança com os filhos e ao mesmo tempo não sabem qual é o limite para responder aos questionamentos das crianças.
 
Mamãe e Papai: fiquem calmos! É possível responder aos questionamentos dos filhos com tranquilidade e sinceridade, o que é mais importante. Por volta dos 2 a 3 anos, as crianças, começam a falar e perceber o que está ao seu redor e que não existe somente a mãe e o pai. Nessa fase também se iniciam algumas atividades em grupo, vão à escola, passam a perceber as diferenças do corpo de menino e de menina.
 
Estão em uma fase do desenvolvimento de autonomia do corpo. Começam a comer sozinhos, a tirar a fralda. Também começam a ficar curiosas sobre o que não entendem e fazem perguntas que são das mais variadas. No início os questionamentos são: O que é isso? Podendo ser um objeto ou algum lugar do corpo. Neste momento os pais devem ser muito claros com as crianças, respondendo o que foi perguntado, falando, por exemplo, que isso é uma boneca, isso é uma bola, isso é sua mão e esse é o seu pé.
 
Quando essa fase é solucionada para as crianças, com muita tranquilidade e verdade os pequenos passam para a próxima fase que é a de “como?”. Primeiro eles perguntam: como eu nasci? Como fui parar dentro da sua barriga? Como é essa brincadeira? Como é a escola?
 
Já na fase dos porquês: Por que eu vou ao médico, por que tenho que tomar o remédio? Por que eu nasci? Nesse momento os pais começam a ficar encabulados com algumas perguntas, com duvidas se devem responde-las ou não e qual é o limite.
 
Primeiro temos que lembrar que nesta fase a criança precisa ter uma fonte de informação segura. Se ela está perguntando é porque não sabe e precisa tirar suas dúvidas com pessoas que confia para que comece a compreender as coisas e fique menos ansiosa em relação a tudo.
 
Os pais por sua vez devem sempre ouvir exatamente a pergunta e responder SOMENTE o que foi perguntado, sem pular fases ou responder outra coisa que a criança ainda não perguntou. Sempre usando a verdade, sendo diretos e usando termos corretos.
 
Os pais podem ficar tranquilos com as perguntas, pois, se as crianças obtiverem respostas verdadeiras e diretas não perguntarão novamente já que sua dúvida foi sanada e uma ultima dica importante, a criança só pergunta sobre aquilo que está preparados para ouvir a resposta. Então não tenha medo de responder as duvidas do seu filho, isso faz parte de seu desenvolvimento.
 
Fonte Nota10

O que é Terapia ABA?

Saiba um pouco mais sobre a Terapia ABA



Dr. Robson Faggiani é psicólogo e mestre em Psicologia Experimental; especializou-se no atendimento de adultos típicos e de pessoas diagnosticadas com autismo. Atualmente, realiza doutorado na Universidade de São Paulo.

Tercerização da educação dos filhos


Hoje em dia a educação dos filhos é um assunto que desperta muito interesse, o que é muito positivo. Os pais estão tentando melhorar suas relações com as crianças e estão seguindo mais as dicas de profissionais que estudam e lidam com o universo infantil. Ótimo! Devem continuar assim!
 
Mas por outro lado também, discute-se muito a tercerização da educação dos filhos. Mas o que é isso afinal? A tercerização da educação é quando os pais não assumem a responsabilidade de educar os seus filhos e delegam essa função, normalmente, para a escola ou para avós e babás.
 
É preciso ficar claro que pais que trabalham fora, mesmo com o pouco tempo que tem para ficar em casa e com as crianças, devem dar as orientações aos filhos e a quem os ajudar na criação dos mesmos. Cabe aos pais, que são os responsáveis, darem as diretrizes da educação que acreditam ser o melhor caminho para o desenvolvimento de seus filhos. Essa função não pode ser repassada porque, inclusive, traz prejuízos para o crescimento saudável da criança. Assim, os filhos crescem em um ambiente confuso, onde não sabem quem é que direciona e dá os limites adequados. Criança sem limites é criança que não sabe o que pode e o que não pode fazer, o que é certo e o que é errado.
Os pais são o principal modelo em que a criança se espelha, então, devem ser adequados e ensinar aos filhos os valores que acham mais corretos e que guiarão a conduta da família.
 
É claro que quem ajuda também influenciará na educação da criança, mas não cabe a ela ser a pessoa que dita as diretrizes a serem seguidas. Quem ajuda tem a função de colaborar e não de assumir o papel. Cada pai e mãe devem decidir juntos o que será melhor para seus filhos.
 
Dessa forma, é importante que os pais dialoguem entre si e estabeleçam acordos de conduta junto aos filhos, que escolham quais caminhos irão tomar. Em seguida, devem dizer de maneira clara para os filhos o que pode e o que não pode fazer, explicar as escolhas e quais serão as consequências, ensinando aos filhos que tudo que fazemos tem efeitos no meio em que vivemos. Os pais devem esclarecer aos filhos o que esperam deles e dar exemplos, para que as crianças entendam e consigam realizar o que é esperado.
Dedicar pouco tempo à educação dos filhos é melhor do que não destinar tempo nenhum. Mesmo que o trabalho demore um pouco mais de tempo para ser realizado, os pais terão certeza de será bem feito, pois terá sido feito por eles.
 
Educar crianças não é uma tarefa fácil, e precisa ser feita com paciência e amor. Isso leva tempo, eu sei. Mas começamos com dez minutinhos aqui, meia hora ali, um intensivão no final de semana e caminharemos para um futuro de crianças mais felizes e saudáveis.

Fonte Nota10

MEC faz parceria com Conselho Federal de Psicologia para combater violência nas escolas

Para enfrentar a violência nas escolas brasileiras, o Ministério da Educação assinou nesta quinta-feira, 20, uma parceria com o Conselho Federal de Psicologia. A parceria prevê um estudo sobre violência nas escolas, elaboração de materiais didáticos e formação de professores para o combate à violência no ambiente escolar.
De acordo com o ministro Aloizio Mercadante, oito universidades também vão colaborar com o projeto. Entre os temas que serão trabalhados dentro das escolas estão enfrentamento às drogas, gravidez precoce, homofobia, racismo, discriminação, bullying e bullying eletrônico (feito por meio das redes sociais).
“Temos estimado em torno de 8 mil jovens, meninos e meninas, que voltam para casa com todo tipo de constrangimento e que muitas vezes são vítimas de bullying na escola. Precisamos tratar esses temas com responsabilidade e cuidado, mas enfrentá-los no sentido de respeito à diversidade, ao outro, a valores como os direitos humanos. Os professores e alunos também precisam aprender a solução dos conflitos por meio de diálogo”, disse o ministro.
Segundo Mercadante, o trabalho de campo será feito em todo o País. “Vamos trabalhar em todas as regiões do País, nos vários níveis do processo educacional - com pais, alunos e professores - e elaborar materiais pedagógicos, programas de prevenção e subsídios para aprimorar a prática pedagógica e criar uma escola mais atrativa, feliz, respeitosa e pacífica.”
O projeto, de acordo com o ministro, terá início em breve. “Em duas semanas estaremos iniciando o processo de trabalho, mas eu diria que o desenvolvimento pleno desse trabalho é para 2013.”
A expectativa do ministro é que, com esse projeto, os “professores tenham mais subsídios e melhores condições para lidar com esses desafios”. Os novos materiais didáticos, voltados para o combate da violência nas escolas, estará disponível logo após a pesquisa de campo ser finalizada. Também será desenvolvido um trabalho de formação de professores para trabalhar com esses temas nas escolas.
Para Toni Reis, presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) e conselheiro do Conselho Nacional LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros), a parceria é positiva.
“Vejo com bons olhos a ampliação dessa parceria. É fundamental não só para a questão da homofobia como também para a que envolve drogas, bullying etc. É fundamental que a escola seja um lugar seguro para que as pessoas possam estudar, não sejam discriminadas e não sofram a violência que muitas vezes faz parte do cotidiano escolar”, falou.
Segundo Reis, a escola é um dos ambientes mais importante para que esse trabalho seja desenvolvido. “A escola é um momento em que as pessoas convivem e as pessoas têm que aprender a respeitar o outro e esse outro pode ser evangélico, católico, ateu, de uma religião africana, judeu ou indígena, mas as pessoas têm que aprender a respeitar o ser humano como um todo”, disse.
Durante a 2.ª Mostra Nacional de Práticas de Psicologia, que ocorre até o dia 22 no Anhembi, em São Paulo, o presidente do conselho, Humberto Verona, anunciou também uma parceria entre o órgão e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República para ajudar na criação de comitês de combate à homofobia em todos os estados brasileiros.

Estudo britânico revela que a internet pode diminuir a inteligência e a empatia

Roxane Ré conversou com o coordenador do grupo de Dependência de Internet do Hospital das Clinicas, Cristiano Nabucco de Abreu.
Clique e ouça a entrevista: Estado de São Paulo

Internet pode diminuir a inteligência e a empatia

NEUROCIENTISTA BRITÂNICA, MEMBRO DA CÂMARA DOS LORDES, DIZ QUE AMBIENTE VIRTUAL JÁ TEM EFEITO NEGATIVO SOBRE O CÉREBRO
A neurocientista e baronesa britânica Susan Greenfield, 61, faz questão de ser uma voz dissonante em meio à empolgação de muita gente com o potencial das redes sociais e da internet.
Para ela, há razões para acreditar que a vida virtual está criando uma geração de pessoas menos inteligentes e menos capazes de empatia -um ponto de vista que já lhe rendeu desafetos dentro e fora da comunidade científica.
A baronesa Greenfield, que leciona na Universidade de Oxford (Reino Unido), está no Brasil para o ciclo de palestras Fronteiras do Pensamento. Sua conferência na Sala São Paulo, na capital paulista, acontece hoje. Confira abaixo trechos da entrevista que ela concedeu à Folha.
Folha - Como a sra. começou a se interessar pelo impacto das novas tecnologias sobre o cérebro humano?
Susan Greenfield - Comecei a discutir esse assunto em 2009, na Câmara dos Lordes [órgão do Parlamento britânico do qual ela faz parte], quando houve um debate sobre a regulação do uso da internet e possíveis efeitos nocivos de seu uso sobre crianças.
Como neurocientista, o que eu levei em consideração nesse debate é o fato de que o cérebro humano evoluiu para responder a estímulos muito diferentes dos que estão afetando o desenvolvimento das crianças de hoje. Isso não é um julgamento de valor, é apenas um fato.
E, quando você olha a literatura científica recente, há sinais consideráveis de mudanças, embora obviamente precisemos de mais estudos para entender exatamente o que está acontecendo.
Sabemos, por exemplo, que o uso de redes sociais e de videogames pode ter efeitos bioquímicos muito parecidos com os do vício em drogas no cérebro. No ano passado, um trabalho com tomografias mostrou anormalidades estruturais ligadas a esse tipo de comportamento.
Também há testes mostrando um aumento de problemas de compreensão verbal e um declínio na capacidade de empatia.
É claro que as pessoas podem dizer que se trata de uma correlação, que não necessariamente uma coisa causa a outra. É um argumento válido, mas também é o mesmo argumento que as pessoas usavam nos anos 1950 a respeito da relação entre fumo e câncer de pulmão -até os epidemiologistas mostrarem que a relação realmente envolvia uma causa e um efeito.
A sra. foi muito criticada por levantar essa hipótese. Esperava reações tão violentas?
Sim e não. Por um lado, é assim que a ciência funciona, as críticas são esperadas e necessárias. O problema é quando elas se tornam pessoais. Como se diz na Austrália, você tem de chutar a bola, e não o jogador.
E, claro, muita gente está ganhando muito dinheiro com isso e não vai gostar se alguém como eu tenta estragar a festa (risos).
Também temos visto uma melhora constante nos níveis de QI no mundo todo nas últimas décadas. Isso não significaria que as mudanças tecnológicas também têm efeitos positivos sobre o cérebro?
De fato, há indícios de que o uso de videogames pode melhorar a memória de curto prazo e a agilidade mental, por exemplo. Isso é verdade, mas não acho que seja a história toda. Velocidade mental, capacidade de processar informações com rapidez, não é a mesma coisa que entendimento ou sabedoria.
O que nós não estamos vendo, apesar dos avanços mensuráveis no QI, é um aumento dos insights sobre a condição humana ou da imaginação, por exemplo.
Fonte: Folha

Livro para criança: A Menina Reclamona

Você conhece alguém que reclama de tudo? Nesta divertida obra, Marilu Rodrigues nos apresenta Bibiana, uma menina que, de tanto reclamar das coisas, acaba ganhando o apelido de "Reclamona”. Só que algo estranho acontece... Será que a menina vai perceber o outro lado das suas reclamações?



Como lidar com a mudança de escola das crianças


Shutterstock/Blaj Gabriel

A mudança de escola é uma das etapas mais difíceis para as crianças. Durante o ano todo, elas se acostumam com o ambiente, com os colegas de classe e já têm liberdade de comunicação e a rotina estabilizada. No entanto, alguns motivos fazem com que os pais façam essa mudança que pode trazer alguns transtornos para a vida dos pequenos.

A parte mais difícil é dar a notícia e fazer com que a criança entenda o motivo da decisão dos pais. "A conversa deve ser clara e direta com a criança e os benefícios devem ser sempre colocados em primeiro lugar, o ideal é incluir a criança nesse processo desde o início para que ela já acostume com a ideia", diz Jéssica Fogaça, psicóloga infantil.

Além de aprender, brincar e se desenvolver, na escola as crianças fazem suas primeiras amizades. "A saudade do convívio na escola anterior é inevitável e vai depender do tempo e vínculo que a criança cria em cada lugar, mas ela irá perceber a mudança de ambiente", diz Paula Pessoa Carvalho, psicóloga comportamental. "Filhos únicos tendem a se apegar com mais facilidade aos amiguinhos, se o convívio é intenso como o da escola, com três anos já é possível observar que a criança sente saudade", atenta Jéssica.

Ouvir a opinião da criança nesse momento é essencial, pois a mudança irá influenciar diretamente na vida e rotina dela. "Quando a criança participa da conversa ela expõe o que pensa e sente, os pais conseguem lidar com a situação com mais facilidade, assim podem entender as dúvidas, medos e angústias do filho e esclarecer pontos mais específicos", explica Jéssica. "Por mais que a criança não possa mudar a situação se sentirá importante em dar sua opinião e isso irá ajudar a superar a mudança", completa Paula.

A adaptação com a nova escola é o período que mais exige atenção dos pais, a criança irá criar outra rotina que vem seguida do medo de um ambiente novo e da vergonha do convívio com as novas pessoas até que se consiga fazer amizade com os novos coleguinhas.

O importante é respeitar e responder as dúvidas que a criança terá em relação à nova escola. "Os pais terão que ter paciência e serem bem descritivos em suas respostas sobre como é o novo lugar, as novas pessoas e como ela deve se adaptar à nova escola", indica Jéssica. "Levar o filho até a nova escola antes de começarem as aulas, apresentar aos funcionários e professores pode amenizar e solucionar alguns medos da criança", indica Paula.

Conversar com a criança sobre atitudes que ela deve tomar na escola também é essencial, isso poderá deixá-la mais segura para enfrentar o novo ambiente. "Os pais também devem dar ideias de atitudes para lidar com as situações que a criança poderá viver no dia a dia da escola, como perguntar o nome das pessoas da classe, se apresentar aos demais colegas da escola, convidar alguém para lanchar com ela ou brincar juntos no recreio", sugere Jéssica.

A empolgação dos pais também ajudará a criança a se adaptar na nova escola e se acostumar melhor com a situação. "É importante que os pais se mostrem animados com a mudança e deixem claro que a criança está indo para um lugar melhor, que ela está ganhando algo. Elogios aos comportamentos adaptativos apresentados pela criança também são fundamentais", esclarece Jéssica.
Segundo a psicóloga comportamental Paula Carvalho, a conversa é o mais importante. Falar e ouvir os problemas que a criança tem na fase de adaptação pode fazer com que ela se sinta mais leve e frequente a escola sem grandes problemas. Explicar sobre os benefícios da mudança também irá ajudar a amenizar e solucionar os medos.

Falta de adaptação da criança, localização e a dificuldade de aprendizado são fatores principais para os pais fazerem essa escolha. "Os motivos são muitos e irá depender de família para família, os pais também procuram fazer essa mudança por conta de uma escola que oferece mais recursos e melhor ensino", exemplifica Paula.

As dificuldades durante o ano também fazem com que os pais mudem a criança de escola, para evitar uma possível reprovação. "Isso acontece bastante no meio do ano, quando a criança vai mal em alguma disciplina e corre o risco de ter que fazer o ano novamente, mas não é a opção mais adequada, o ideal é que ela consiga se recuperar para evitar a mudança constante de escola", diz Aline Fernandes, diretora do colégio Universitário.

Perder os amigos é a maior preocupação da criança e isso pode trazer alguns problemas na transição. "A reação mais comum é a criança se negar a mudar, porque não quer perder o atual convívio, mais isso é natural, porque está sendo apresentada uma realidade desconhecida e ela ainda não tem parâmetros para pensar nisso ainda. Cabe aos pais descreverem ao máximo as novas possibilidades que a criança terá na nova escola. Visitar o novo ambiente acalma bastante a ansiedade", atenta Jéssica.

Segundo a psicóloga comportamental Paula, a criança pode ficar retraída no começo e apresentar alguma recaída, como faltar na escola ou sentir medo de se relacionar com as outras pessoas. Os pais devem dar suporte nesse momento e ficarem de olho nas reações da criança.

Fonte BBL

21 de Setembro - Dia Nacional da Acessibilidade

 
Instituida em 1982, o Dia Nacional de Luta das Pessoas Deficientes é uma data para refletir, sensibilizar, conscientizar e mobilizar toda a sociedade para a eliminação de barreiras de informação, arquitetônicas e em todas as outras esferas que dificultam a participação efetiva de pessoas com deficiência na vida em sociedade.

“Você faz isso e eu aquilo”: a divisão de tarefas entre o casal com filhos

As mulheres, quando se tornam mães, acham que seus problemas girarão em torno apenas das dificuldades próprias da maternidade. Mero engano: algumas vezes, certos comportamentos dos maridos nesse momento podem trazer consequências nefastas à convivência marital. Um exemplo é ausência ou falha da divisão de tarefas entre o casal, que além de sobrecarregar a rotina de um deles, pode repercutir negativamente no clima conjugal.
 
Diante da falta de atitude dos seus maridos nos cuidados com os filhos, há várias questões que inquietam as mulheres. Uma delas é sobre os fatores socioculturais que perpassam questões de gênero e que repercutem nos repertórios comportamentais de pais e mães. Sobre isso, pode-se dizer que, de fato, alguns comportamentos típicos da maternidade possuem origens filogenéticas. Isso quer dizer que zelar, cuidar, amar, amamentar e higienizar, atividades tipicamente executadas por mulheres são também classe de comportamentos verificada em fêmeas de outras espécies.

A despeito disso, historicamente, observa-se que o papel da mulher estava relacionado às tarefas domésticas e a procriação. Era dela a organização do lar, os cuidados de esposa (a saber: zelo pela família, busca da procriação e comportamento submisso ao cônjuge) e a educação dos filhos, enquanto que o papel do homem era, essencialmente, prover o sustento da família. Com a industrialização, começou a inserção da mulher no mercado de trabalho, de modo que gradativamente ela vem conquistando cada vez mais espaço na sociedade. Sendo assim, os cuidados maternos também são aprendidos, visto que ao longo do tempo a mulher se submetia às tarefas do lar e à maternidade por observarem modelos familiares que exibiam tais padrões, também se esquivando de maior atividade na sociedade para evitarem críticas sociais e conflitos conjugais.




Por sua vez, culturalmente, o pai apresenta comportamentos voltados para a segurança e o provimento do sustento da família. Além disso, comumente a ele é atribuído o exercício da autoridade, como sendo aquele que delimita a ordem da casa e os limites comportamentais da prole. No entanto, se esse papel for exercido com rigidez excessiva, é possível que os pais pouco participem da rotina dos filhos, não se arriscando a se comportar mediante papeis historicamente exercidos pelas mulheres, como conferir os cuidados básicos da criança.

Além disso, algo que comumente acontece é uma associação entre o pai e a autoridade que, se excessiva, pode distanciá-lo dos filhos por sobrepor o estabelecimento de limites ao afeto. Assim, ao mesmo tempo em que há esse distanciamento, ocorre a aproximação do filho e um desenvolvimento maior do apego àquela pessoa que confere mais afeto, por ter uma convivência mais satisfatória e próxima.

Nesse contexto, é muito importante o comportamento do cônjuge que se encontra sobrecarregado. Caso a mãe detenha a maior parte dos cuidados referentes à rotina infantil e não insista na divisão de tarefas com o companheiro, cria-se um ambiente propício ao surgimento de um pai ausente e distante do filho. Portanto, orienta-se que os casais dividam as tarefas relacionadas aos cuidados infantis, uma vez que o excesso de atividades favorece comportamentos relacionados ao estresse (como irritação, desgaste físico e cognitivo, entre outros), que podem interferir negativamente tanto no manejo dos filhos, quanto no clima conjugal.

Um exercício interessante para ser feito antes do casamento é a análise do histórico familiar do cônjuge: o modo como foi criado pelos pais, como se comportava naquele meio e como se relaciona com crianças. É importante que o (a) parceiro (a) observe o modo como o cônjuge foi criado, pois isso já sinaliza papeis relacionados ao gênero, além de práticas e estilos parentais que possam ser modelos. Se na família do marido há a concepção de que a mulher deve concentrar todos os cuidados da criança (trocar fralda, amamentar, pôr para dormir, etc.), então a esposa já tem uma ideia de que, muito provavelmente, seu parceiro só fará tarefas se solicitado. É importante que a divisão de tarefas entre o casal seja combinada previamente (durante a gestação, por exemplo), ou solicitada nos momentos oportunos.

É importante que seja construída uma rotina de cuidados. Caso a mãe aja de forma assertiva, indicando a necessidade de que o marido execute algumas tarefas e, principalmente, reconhecendo quando este se engajar em alguma tarefa, é possível que haja mudança de comportamento. Alguns exemplos desse reconhecimento social seria um simples “obrigado (a)”, carinhos físicos ou verbais, além de verbalizações que descrevam o comportamento do cônjuge e as consequências positivas vindas desse fato. Por exemplo, “como você secou as louças, agora sobrou mais tempo para namorar!” ou “que bom que brincou com nosso filho, veja o sorriso dele agora”. Indiretas do tipo “ninguém me ajuda mesmo”, assim como expressões faciais que indiquem raiva ou chateação (ou qualquer outro sinal não verbal que indique sobrecarga) costuma desgastar a relação e não contribuem muito para a solução do problema, portanto, são contraindicadas.

Dependendo da rotina do casal e da qualidade do clima conjugal, algumas medidas simples podem ajudar na divisão de tarefas. Se é a mãe quem faz as tarefas domésticas, então o pai pode supervisionar a criança enquanto ela organiza a casa, o que inclui fazer as demais tarefas inerentes ao cuidado com a criança nesse intervalo de tempo (por exemplo, trocar a fralda, brincar, dar banho). Ambos também podem se revezar nos momentos de colocar a criança para dormir ou interromper o sono na madrugada para dar a mamadeira. Podem também eleger um parceiro responsável pelo acompanhamento das tarefas escolares (ou fazerem juntos), de acordo com o conhecimento ou o grau de afinidade com as disciplinas.

Embora haja todo um contexto histórico, social e cultural em torno dos comportamentos relacionados à paternidade, é possível que haja a aprendizagem de novos papeis e atividades. A partir do momento em que o pai fica por perto, acompanhando as tarefas da mãe, pode aprender por observação (sobretudo se estiver motivado). Se a mãe o mantiver por perto e passar as instruções (por exemplo, na troca de fralda descrever o passo a passo), inclusive criando oportunidades para que o parceiro pratique as novas tarefas, a aprendizagem se torna ainda mais efetiva. Caso o pai tenha dificuldades na execução das mesmas, é importante que a mãe não aja de forma intolerante, agressiva ou irônica. Ao contrário, deve ter paciência e incentivá-lo a fazer novamente, corrigindo a falha. E o mais importante, diante de uma tarefa concluída de forma plena, deve-se reconhecer o esforço, conforme anteriormente mencionado.



É importante lembrar que, quando o filho é bebê, os cuidados são mais próximos à criança. Quanto mais o pai ou a mãe se fizerem presentes no cotidiano do filho, melhores serão os laços afetivos e o apego da criança para com eles. Casais que se dividem nas tarefas, participando ativamente da rotina familiar tendem a se tornar mais harmoniosos, melhorando ainda o clima conjugal. Assim, em meio a tantos benefícios, que tal quebrar os preconceitos socioculturais e experimentar outras formas de agir em casa?
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Juliana de Brito Lima é Psicóloga (CRP 11ª/05027), formada pela Universidade Estadual do Piauí e especializanda em Análise Comportamental Clínica pelo Instituto Brasiliense de Análise do Comportamento – IBAC. É membro da Associação Brasileira de Psicologia e Medicina Comportamental – ABPMC e Psicóloga do Centro Integrado de Educação Especial – CIES e da Clínica Lecy Portela, em Teresina-PI. Tem experiências acadêmicas (linha de pesquisa “Desenvolvimento da criança e do adolescente em situações adversas” do Núcleo de Análise do Comportamento da Universidade Federal do Paraná/ NAC-UFPR) e profissionais na área clínica (atendimento a criança, adolescente e adulto), jurídica e educação especial, na orientação de pais.
Fonte: Instituto de Psicologia Aplicada -  Inpa Telefone - (61) 3242-1153

Enxaqueca aumenta problemas psicológicos em crianças

Levantamento conduzido por pesquisador brasileiro relaciona frequência de crises de enxaqueca com sintomas depressivos e de ansiedade
Estima-se que 90% das crianças brasileiras que têm enxaqueca não foram diagnosticadas
(Thinkstock)
Crianças que têm enxaqueca são mais propensas a desenvolver problemas comportamentais, como sintomas de ansiedade, depressão e dificuldade de atenção. Quanto mais frequentes forem as dores de cabeça, maiores serão esses problemas. De acordo com a pesquisa, publicada no periódico médico Cephalagia, aproximadamente 1,7 milhão de crianças e adolescentes no Brasil têm 10 ou mais dores de cabeça por mês.
O estudo foi conduzido por Marco Arruda, diretor do Instituto Glia, em Ribeirão Preto, e por Marcelo Bigal, da Faculdade de Medicina Albert Einstein, em Nova York. Para o levantamento, foram avaliadas 1.856 crianças brasileiras. Todas tinham idades entre cinco e 11 anos. De acordo com os autores, esse é o primeiro grande estudo do tipo a procurar uma relação entre os problemas psicológicos e a enxaqueca e a dor de cabeça tensional com uma base geral — e não apenas em crianças que procuravam atendimento médico. Informações sobre a frequência das crises também foram incorporadas ao levantamento.
A enxaqueca se caracteriza por uma dor que, normalmente, afeta apenas um lado da cabeça. A dor costuma piorar com o esforço físico, luz, ruídos e odores, e pode ser de moderada a intensa. A enxaqueca pode ainda estar associada a náuseas e vômitos. Já dor de cabeça tensional provoca uma dor que vai de leve a moderada. Sua causa pode estar relacionado a situações de estresse, mas seu papel ainda não foi completamente compreendido pela medicina.
Veja também:
No estudo, foram usados questionários internacionais para dor de cabeça e o Child Behavior Checklist (CBCL), para avaliar os sintomas emocionais. Em crianças que tinham tanto enxaqueca (23%) como dor de cabeça tensional (29%), as dores de cabeça mais frequentes estavam relacionadas com um aumento anormal na pontuação da escala que mede o comportamento. Os tipos de comportamentos mais vistos eram aqueles caracterizados como internalizados — direcionados para si mesmo.
Enquanto menos de um quinto das crianças do grupo de controle (19% da amostra) tinha problemas com comportamentos internalizados, mais da metade daqueles com enxaqueca tinham o problema. Já os comportamentos externalizados, como se tornar mais agressivo ou desrespeitar leis, não se mostraram diferentes nos dois grupos. "Como previamente relatado, descobrimos que a enxaqueca estava associada com problemas sociais", diz Arruda.
Pesquisas anteriores já haviam apontado que crianças com enxaquecas eram mais propícias a ter outros problemas psicológicos ou fisiológicos – como ansiedade, depressão e problemas de atenção e hiperatividade. Até agora, no entanto, poucos estudos tinham examinado a relação desses mesmos problemas com a dor de cabeça tensional em crianças. Incluir a frequência da dor de cabeça nessa análise também era uma peça importante do quebra-cabeça que estava faltando.

Fonte: Veja

Mais tempo de exercício é melhor para as crianças, diz estudo

Pesquisa mostrou que crianças que se exercitaram por 40 minutos tiveram maior redução de resistência à insulina em relação ao grupo que fez 20 minutos. O tempo extra também ajudou na perda de mais gordura corporal e visceral
Crianças que praticam exerícios físicos diários por 40 minutos têm uma saúde melhor e
 menos chances de sobrepeso e de obesidade (Thinkstock)
Praticar 40 minutos de atividade física por dia pode reduzir os riscos de diabetes em crianças, além de reduzir os índices de gordura total do corpo e de gordura visceral. É o que indica uma pesquisa conduzida durante três meses por pesquisadores da Universidade de Georgia, nos Estados Unidos, e publicada no JAMA, periódico da Associação Médica Americana.
Estudos em crianças e adultos já haviam demonstrado os benefícios metabólicos da atividade aeróbica. Faltava, no entanto, entender as diferenças da resposta em relação à duração da atividade. "Se o exercício é bom para você, então mais exercício deve ser ainda melhor. Foi exatamente isso que encontramos na maioria dos resultados", diz Catherine Davis, psicóloga clínica do Instituto de Saúde Pública e Preventiva da Universidade de Georgia.
"A obesidade é um problema de saúde pública que está afetando a juventude em todo os Estados Unidos. Sabemos que a obesidade pode contribuir para o desenvolvimento do diabetes tipo 2", diz Michael Lauer, diretor do Instituto Nacional do Coração, Pulmão e Sangue da Divisão de Ciências Cardiovasculares do Instituto Nacional de Saúde. "Essa pesquisa se soma ao corpo de evidências de que a atividade física melhora a saúde da criança, que longos períodos de exercícios geram mais benefícios e que o aumento de atividades físicas entre crianças com sobrepeso e obesas pode evitar o aparecimento do diabetes tipo 2."
Pesquisa — Foram acompanhados 222 crianças e adolescentes, com idades entre 7 e 11 anos. Todos tinham sobrepeso e eram previamente inativos fisicamente. Um terço manteve seu estilo de vida sedentário, um terço fez exercícios por 20 minutos e o ultimo terço por 40 minutos. Embora o foco primário do estudo era a resistência à insulina, fator de risco para o diabetes, os pesquisadores também mediram o total de gordura corpórea, de gordura visceral e qualidade aeróbica.
Crianças que se exercitaram por 40 minutos tiveram 22% de redução de resistência à insulina em relação ao grupo controle. O grupo que fez 20 minutos teve 18% de redução. Os 20 minutos extras também ajudaram na perda de mais gordura corporal e visceral. "Se você consegue fazer com que as crianças fiquem ativas por 20 minutos todos os dias na escola, isso pode fazer uma real diferença", diz Catherine. De acordo com a pesquisadora, as escolas são um importante local de início, mas uma rotina de 40 minutos irá exigir programas depois da escola também.
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Especialista tira dúvidas sobre diabetes
Diabetes — A obesidade infantil é um problema crescente nos Estados Unidos (país onde foi realizado o estudo). Os níveis sem precedentes do problema têm consequências sérias para a saúde e longevidade das crianças. Um exemplo é o diabetes tipo 2, antes considerada uma doença de adulto, com sérias implicações para a saúde cardiovascular. Um dos primeiros indicadores do problema é a resistência à insulina, a quantidade de insulina que o pâncreas precisa produzir para permitir que a glicose circulante no sangue se transforme em energia para as células.
Quando o corpo não consegue produzir insulina suficiente para quebrar toda a glicose do sangue, começa-se um ciclo vicioso. Como as células estão sedentes por energia, há um aumento no apetite e a pessoa acaba comendo mais — o que aumenta a glicose no sangue. "O exercício basicamente dá ao pâncreas uma pausa, e pode prevenir ou atrasar o diabetes tipo 2", diz Catherine. Estudos mais longos, no entanto, ainda são necessários para se descobrir o que acontece com essas crianças ao longo do tempo.
Em 2005, uma comissão federal, liderada por William B. Strong, cardiologista pediátrico e professor aposentado da Faculdade de Medicina da Georgia, recomendou 60 minutos ou mais de exercícios vigorosos por dia para crianças em idade escolar. As sessões de 40 minutos tiveram resultados similares. "Infelizmente, esses 40 minutos ainda estão muito aquém do que as crianças fazem hoje em dia."
Fonte: Veja

Dificuldade de aprendizado: como os pais devem lidar com isto?


Quando falamos em dificuldade de aprendizado temos que tomar muito cuidado, pois, muitas das crianças que são “enquadradas” nessa categoria não apresentam problemas para aprender. Na grande maioria das vezes o problema está no método de ensino, que a criança simplesmente não compreende. O problema é de “ensinagem” e não de aprendizagem.
É comum que a criança chegue ao consultório com o encaminhamento feito pela escola, dizendo que ela não consegue aprender. Isso não é verdade, pois todos temos a capacidade para aprender, mas precisamos ser ensinados. Às vezes, o jeito que a professora explica, pode não servir para uma determinada criança, pode ser algo muito vago ou muito complexo para ela. É importante lembrar que cada um aprende de maneira diferente e através das suas experiências de vida. Essas experiências devem ser levadas em conta no processo de aprendizagem.
Quando os pais recebem da escola a informação de que seu filho está com dificuldade para aprender, devem questionar a professora sobre o que, especificamente, a criança não está aprendendo. Qual matéria, é em algum conteúdo em especial? Quando a professora explica ou quando ele lê sozinho? Ela observa essa dificuldade há quanto tempo? O que ela já tentou de diferente para ensinar a criança? É fundamental que os pais trabalhem em parceria com a escola, entendendo a dificuldade e buscando alternativas para solucionar o problema.
Em casa, os pais devem perguntar à criança se ela, de fato, acha algo difícil. Se a resposta for afirmativa, devem explorar o que é difícil (ler, escrever, entender o que a professora fala, compreender o que é para ser feito em um exercício), se ela consegue entender melhor quando outro coleguinha explica ou alguém da família. Também devem estar atentos para descartar qualquer problema físico, como dificuldade para enxergar a lousa, por exemplo. Muitas crianças têm queda no rendimento escolar devido a problemas de visão ainda não detectados.
Agora, se a criança realmente tem dificuldade para aprender, os pais devem buscar orientação de profissionais capacitados, como psicólogos e psicopedagogos que irão auxiliar a família e a criança para lidar com essa questão. Há que se fazer uma serie de observações e testes para verificar de que ordem é a dificuldade da criança e estabelecer uma nova maneira para ensiná-la.
Mas uma coisa é certa: ela irá aprender. Talvez em um ritmo mais lento, com os conteúdos escolares organizados de um jeito mais simples, precisando de mais supervisão e de mais tempo. Porém, o que nunca poderá faltar é o apoio dos pais. Com ajuda a gente consegue superar as dificuldades com mais facilidade.
Fonte Nota 10

Estudo americano aponta aumento exacerbado no uso de remédios antipsicóticos em crianças

Estudo desenvolvido por pesquisadores do The Children's Hospital of Philadelphia aponta para um aumento no uso de fortes remédios antipsicóticos em crianças atendidas na rede pública americana de saúde na última década; O estudo demonstrou um aumento de 62% nos números de crianças entre 3 a 18 anos medicadas com antipsicóticos, atingindo o número de 354 mil crianças em 2007.

O aumento no uso de antipsicóticos foi observado em uma grande gama de diagnósticos de saúde mental, sendo especialmente maior em crianças com TDHA ou erros de conduta; No total, 65% das crianças a que foram prescritas as drogas antipsicóticas estavam usando remédios sem receita médica ou sem dados e informações que embasassem o uso para tratamento nas crianças.

De acordo com os pesquisadores, a significante proporção do uso de antipsicóticos sem receita médica reafirma o uso prioritário de tais drogas por pediatras; “Se é prescrito um tipo de medicamento como esse para uma criança, é importante que os médicos informem os pais e cuidadores que o remédio está sendo prescrito sem receita, seus efeitos e as terapias que poderiam ser oferecidas como alternativas a medicação”, aponta os pesquisadores.

O uso frequente de antipsicóticos sem receita tem sido assunto de debate entre muitos profissionais de saúde, especialmente na evidência de associação entre o uso de tais drogas e o aumento no risco de desenvolvimento de efeitos metabólicos paralelos nas crianças, como a diabetes e o ganho de peso.

Os pesquisadores notaram que o aumento no uso desse tipo de droga deve-se em grande parte ao aumento no número de diagnósticos de saúde mental associados as crianças; Os pesquisadores apontam para um aumento de 28% no número de crianças com diagnósticos de saúde mental.

De acordo com a autora do estudo, Meredith Matone, o mesmo objetivou investigar também porque esse tipo de medicamento tem sido usado tão frequentemente, em quais diagnósticos esses usos tem se embasado e como os padrões de prescrição se modificaram nos últimos dez anos.

Enquanto a esquizofrenia, distúrbio de bipolaridade e o autismo foram os diagnósticos que mais resultaram na prescrição de antipsicóticos, as crianças com tais transtornos não correspondem a maioria dos usuários de antipsicóticos, sendo as crianças diagnosticadas com TDHA e com três ou mais transtornos concorrentes o maior grupo de usuários; Em 2007, 50% das crianças que se utilizam de antipsicóticos tinham diagnóstico de TDHA e 14% diagnosticadas somente com TDHA.

O fato do aumento das prescrições para antipsicóticos para muitos diagnósticos aponta que tais medicamento tem sido usados para tratar comportamentos específicos, como a agressão, que são compartilhados em diversos outros diagnósticos de saúde mental.

De acordo com os autores, as políticas públicas de saúde devem informar a população e guiar a mesma acerca do uso de antipsicóticos para crianças.

Fonte: RedePsi

Livro para Criança: Mamãe foi trabalhar

Mamãe foi trabalhar
Kes Gray & David Milgrim

Para toda mãe que trabalha fora de casa e precisa deixar os filhos durante algumas horas do dia, o momento de se despedir pode ser difícil – tanto para ela quanto para as crianças. Como fazer os pequenos entenderem que os pais estarão de volta em breve? Em Mamãe foi trabalhar, Kes Gray, considerado pelo jornal The Independent um dos dez maiores autores britânicos da literatura infantil contemporânea, aborda o problema de maneira tranquilizante.

No livro, que o selo Globinho lança no Brasil, Gray adota o ponto de vista da criança para mostrar que, afinal, a ausência dos pais ao longo do dia não é nenhum bicho de sete cabeças: seu personagem, que passa o dia longe da mãe, percebe que a ausência materna não tem tanta importância se comparada ao fato de que a mãe sempre volta para casa, para ele, para dar-lhe carinho e atenção. Nas palavras do personagem, “mamãe foi trabalhar, mas sei que ela me adora e pensa em mim o tempo todo. Como sei disso? Porque mamãe volta pra casa, brinca comigo e diz que me ama muito!”

Com ilustrações de David Milgrim, a história ajuda as crianças a lidarem com os períodos em que os pais estão ausentes e também mostra a eles que não há motivos para sentirem-se culpados ao deixar seus filhos em casa para trabalharem fora.
O autor
Nascido na Inglaterra, Kes Gray fez carreira como redator de publicidade antes de se tornar um premiado autor de livros infantis: é o único na história do Red House Children's Book Award (premiação britânica votada exclusivamente por crianças) a ter um livro premiado tanto na categoria de ilustração quanto na de ficção. Costuma dizer que é uma criança que nunca cresceu, reside em Essex, Inglaterra, com sua esposa e diversos bichos de estimação.

O ilustrador

Autor e ilustrador, David Milgrim se especializou em criar histórias para crianças que estão começando a ler. Pós-graduado em design na Parson's School of Design, já ilustrou e escreveu mais de uma dezena de livros infantis e recebeu, em 2004, o prêmio Maryland Blue Crab Young Reader Award



Brincar com o pai traz confiança ao pequeno

Quanto tempo por dia você brinca com seu filho? Um estudo inédito no Brasil, chamado “A Descoberta do Brincar”, mostra que a maioria dos pais brasileiros não se mostra disposta a dedicar tempo às crianças com essa finalidade. Os motivos para isso são vários, incluindo excesso de trabalho. Tanto que apenas 37% das crianças brincam com o pai ou a mãe; 71% brincam com os amigos do bairro ou rua; e 69%, com os amigos da escola.

Os pesquisadores também descobriram que o tempo para brincar está cada vez menor. Isso acontece por diferentes razões em cada classe social. Os especialistas alertam para os riscos dessa postura, como o estresse das crianças, a perda de atenção, falta de motivação e dificuldade de criar e ter autonomia sobre o uso do seu tempo.

Para a psicopedagoga da Escola São Domingos, Rita de Cássia Ferreira da Silva, as brincadeiras são fundamentais para o desenvolvimento da criança. “O que se percebe é que, na fase infantil, a brincadeira é muito importante. Após os 6 anos, as brincadeiras passam a ser outras. Mas são fundamentais, porque a criança, ao interagir com o outro, se percebe como ser humano”.

De acordo com a profissional, as brincadeiras estimulam o lado cognitivo, o emocional e a percepção de mundo da criança, além do desenvolvimento motor, que é o corpo.

Qualidade
 
Para Rita, é fundamental que o pai ou a mãe tenha um horário de qualidade ao lado do filho. “Independentemente da duração do tempo, o envolvimento tem que ser de qualidade. Eles criam a relação social e aprendem a se expressar, socializar e também ganham confiança”, explica.

O policial militar Agnaldo Mariano Almeida, pai de dois filhos - 10 e 16 anos - procura priorizar a relação com os filhos. “O mundo está muito complicado e por isso acho fundamental essa relação. Nos horários de folga do fim de semana, dedico o tempo livre a eles. A gente joga bola, solta pipa, viaja, vai a praia e joga videogame. Sempre juntos. Assim, eles crescem mais conscientes. Sou um espelho para os dois”, ressalta.
 

Na prática, homens participam pouco da criação dos filhos

A figura paterna deixa a desejar na criação dos filhos pequenos. Na parte qualitativa da pesquisa, realizada com mães e gestantes, o papel do pai é muito valorizado, tanto na gestação (94%) como na criação dos filhos (92%) (mais informações nesta pág).
Porém, na prática é muito diferente. Apenas 41% dessas mulheres afirmaram que os pais participam ou participaram ativamente da gestação e 51% das grávidas vão sozinhas às consultas. Somente 47% dos pais atuam efetivamente na criação dos filhos, nos cuidados, nas consultas ao pediatra e nas vacinas. Além disso, o tradicional papel de impor limites não é cumprido. Menos da metade (43%) assume essa responsabilidade.
"Se não é pelo instinto que move as mulheres, ao menos pela importância da questão ética os pais precisam participar", pondera Yves de La Taille, da Faculdade de Psicologia da USP.
Mesmo sem a ajuda do marido e tendo de trabalhar (55% das entrevistas estão empregadas), a creche não é vista com bons olhos: 57% acham que a casa é o melhor lugar para a criança se desenvolver. / O.B.
Fonte: Estadão

Para pais, TV pode ser educativa

Mãe de duas meninas – Isadora, de 8 anos, e Eleonora, de 6–,aprodutora cultural Marta Russo Friedericks, de 47 anos, sempre procurou estimular as filhas com as mais diversas atividades. Desde pequenas, elas frequentam o teatro, vão a shows de bonecos, escutam todo tipo de música e gostam de atividades ao ar livre.

“Agente procura mostrar alternativas e apresentar as atividades para elas degustarem e, depois, escolherem do que gostam. Assim, vão criando um repertório”, observa.

Os programas educativos de televisão, principalmente de emissoras como TV Cultura, TV Futura e Discovery Kids, também fazem parte do cotidiano das garotas.O tempo no sofá, porém, é limitado.“A tecnologia facilita o aprendizado, com a imagem, a música e a cor. Mas sempre orientei minhas filhas sobre o que deveriam assistir e tenho o cuidado de não deixá-las a sós em frente à televisão.”

Para a gerente de comunicaçãoClaudia Fernandes Carlucci, de 31 anos, a televisão pode ser um instrumento educativo interessante, desde que os pais estejam por dentro da programação. “Os desenhos de hoje passam muitasinformações, conceitos e valores como cidadania, a importância de respeitar as diferenças, da família, do meio ambiente”, diz Claudia, que é mãe de Breno, 3 anos, e de Davi, 1 ano.

Quando possível, ela assiste aos programas ao lado dos filhos. Assim, pode conversar sobre o conteúdo e ajudá-los a interpretar o que veem na televisão. Para a coordenadora pedagógica Solange Sousa, do Colégio Ofélia Fonseca, a presença dospaisé fundamental.“A criança recebe passivamente as informações se não tiver um adulto educador por perto que faça questionamentos.”

Sobre a constatação de que a maioria dos pais brasileiros consideralevar a criança ao pediatra como o mais importante no desenvolvimento da criança, Claudia atribui o resultado à correria da vidamoderna. “A maioria dos casais trabalha e não tem tempo para brincar. A preocupação é com o bem-estar físico. Lógico, issoé fundamental,masé o princípio básico, é uma preocupação instintiva. A parte afetiva também é fundamental.”

Para Marta, hoje a educação dos filhos está se terceirizando. “Os pais têm de se preocuparem terummomento em família, de conversar, ter atividades de lazer. São momentos que vão marcar a criança. Minhas filhas se lembram com detalhes de todos os passeios.”

Claudia comenta sobre a importância da participação do pai na vida dos filhos. “A mulher, quando fica grávida, já vira mãe. Muitos pais só viram pais quando a criança nasce. Na minha família, isso tem importância. Ainda mais para os meninos, a identificação e interação com o pai é muito grande. É o pai que faz brincadeiras de rolar no chão.”
Fonte: Estadão

Todo brinquedo pode ser educativo; veja os mais adequados para crianças de até nove anos

Bloquinhos de madeira, fantoches de pano, peças com formato de letras. Afinal, brinquedos vendidos como educativos educam de fato? Para especialistas ouvidos pelo UOL Gravidez e Filhos, sim, mas com uma ressalva significativa: qualquer brinquedo pode ser educativo –seja ele projetado com essa intenção ou não.

"O que ficou conceituado no mercado como educativo é o brinquedo com objetivo de desenvolver algumas habilidades ou conhecimentos específicos, o que não quer dizer que outros brinquedos não façam a mesma coisa", afirma Maria Ângela Barbato, do Núcleo de Cultura e Pesquisas do Brincar, da PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo.
Mesmo o mais banal dos bonecos pode ajudar a desenvolver as mesmas capacidades do que um brinquedo com rótulo de educativo. "Quando uma criança tenta abotoar a blusa ou calçar o sapato em uma boneca, por exemplo, ela trabalha a coordenação motora fina. Fora isso, quando combina suas roupinhas de várias maneiras, intuitivamente, faz análise combinatória. Conteúdo que o adolescente só vai estudar no ensino médio", diz Maria Ângela.
Já um brinquedo educativo com possibilidades de manipulação muito definidas pode não interessar à criança. "Quando muito diretivo, fechado, ele engessa a criatividade, que é uma capacidade ligada à liberdade de explorar, sem conceito de certo e de errado. A brincadeira mais valiosa é a livre, a espontânea", diz Vera Barros de Oliveira, presidente da ABBri (Associação Brasileira de Brinquedotecas) e uma das organizadoras do livro "Brincar É Saúde: O Lúdico como Estratégia Preventiva" (Editora WAK) .
O importante, portanto, é brincar. "A brincadeira é indispensável para que a criança se desenvolva de forma afetivo-emocional, social, cognitiva e motora. É fundamental para que ela se torne um adulto capaz de amar e de trabalhar", diz Vera.

Nada de aula

Os brinquedos desenvolvidos para facilitar o ensino surgiram na década de 1980 a partir do pressuposto de que era possível ensinar brincando. Princípio com o qual a psicóloga Paula Birchal, professora da PUC (Pontifícia Universidade Católica) de Minas Gerais, não concorda. "Para mim, é contraditório. Um objeto vira brinquedo a partir da função que a criança dá a ele. Quando passa a ser utilizado intencionalmente como meio de aprendizagem, perde a função de brincar pelo prazer de brincar", afirma. Na visão da especialista, o brinquedo se torna apenas uma metodologia de ensino um pouco mais palatável.

O desenvolvimento da criança e de seus brinquedos

Movimentos e sentidos: até 18 meses
No início da vida, o maior brinquedo da criança é seu corpo. Em seu primeiro mês, a percepção visual do bebê só é boa de perto e ele pouco faz além do movimento de sucção. A partir do terceiro mês, começa a sugar os próprios dedos, a rir, a olhar as próprias mãos e a seguir as pessoas com os olhos. Move a cabeça, balança os braços, chuta o ar com o movimento que usará para, no futuro, andar, mexe o tronco, vira o corpo. Nessa fase, a criança pode se interessar por móbiles no berço.

Por volta do quinto mês, ela começa a agir diretamente sobre os objetos. Conforme desenvolver o movimento de pegar e largar, o bebê vai se divertir com objetos como o chocalho.
Mas a criança não quer apenas se movimentar. Quer explorar o mundo com todos os sentidos. Gosta de sentir a textura de bonecos de tecido e de pelúcia, colocar mordedores na boca –a partir do 10º mês, o bebê vai adorar morder coisas–, apertar brinquedos de guizo e demais objetos que produzam sons, desde que não sejam estridentes.
Quando já conseguir se sentar, vai ser a vez de brincar com objetos de encaixe simples e argolas empilháveis. E não demorará para que comece a engatinhar e a ensaiar os primeiros passos. Nesse momento, a criança se diverte com brinquedos que possa empurrar e puxar –como carrinho de boneca e andador–, além de bolas, túneis de tecido e objetos que possa levar ou jogar de um canto para o outro.
Espaço e imaginação: de 18 a 36 meses
Agora que a criança já consegue andar, ela quer explorar o espaço. Por isso, passa a se interessar por triciclos ou carrinhos grandes de puxar, bolas de borracha e brinquedos infláveis.
Uma brincadeira nova entra em cena: o faz-de- conta. Seja menino ou menina, a criança gosta de imitar o que vê: brinca de casinha com réplicas de móveis, utensílios domésticos, fantasias e bonecos.

A coordenação motora também está mais afinada após o 18º mês de vida. Por isso, a criança pode usar brinquedos de montar e de desmontar mais complexos, como blocos de tamanhos e formas diferentes e quebra-cabeças simples. Instrumentos musicais também se tornam interessantes.
Fantasia: de 3 a 6 anos

Agora, o faz-de-conta ganha novas proporções. Não se trata mais de imitar, mas de criar. Surgem o teatrinho e a brincadeira com profissões. Aqui, o brinquedo deve ajudar a explorar essa criatividade, como cidadezinhas, fortes, circos, fazendas, fantoches e bonecos. Para essa faixa etária, bloquinhos de construção, que possa montar e desmontar, são bastante interessantes.
“Muitos pais compram brinquedos caros que a criança não pode estragar”, diz Quézia Bombonatto, presidente da ABPp (Associação Brasileira de Psicopedagogia). A especialista fala, no entanto, que não há mal no ato se ela agir por curiosidade. “Já se destruir o brinquedo simplesmente por destruir, os pais devem questionar por que ela faz isso.”
Nessa época, a criança também entra na fase de pré-alfabetização. Com carimbos, giz de cera e lápis grossos, começa a trazer suas fantasias para o papel. Também se interessa por jogos de tabuleiro e de memória, quebra-cabeças simples de pinos, dominós e livrinhos.
O gosto pelo movimento permanece. O brincar ao ar livre pode ser explorado com equipamentos de ginástica, triciclo e bicicleta com rodinhas
Competição e escola: de 6 a 9 anos


Agora vem a fase dos jogos para valer. A criança já é capaz de lidar com regras e por isso está apta a praticar esportes como futsal e tênis de mesa, a jogar bolinhas de gude, jogos de tabuleiro. Bicicleta, patins, patinete, pernas-de-pau e outros brinquedos do gênero servem agora não apenas para explorar o movimento, mas também para estabelecer competições.
Conforme a criança entra em fase escolar, surge o grande filão de jogos considerados educativos, direcionados a conceitos específicos, como os que permitem formar palavras e manejar dinheiro.

Fonte: Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos)