Yale News - 06 de novembro de 2012
Quando se inicia um tratamento precoce com
crianças com transtornos do espectro do autismo (ASD em inglês) se consegue
melhorias significativas na comunicação, comportamento e mais impressionante,
na função cerebral, é o que diz um novo estudo da Yale School of Medicine.
O estudo foi publicado na edição atual do
Journal of Developmental Disorders e pelo Centro de Estudos da Criança da
Universidade de Yale, com os pesquisadores Dr. Fred Volkmar, A. Kevin Pelphrey,
e seus colegas.
Os
resultados sugerem que os sistemas cerebrais que apoiam a percepção social
respondem bem a um programa de intervenção precoce de comportamento chamado de
‘Pivotal response treatment’. Este tratamento inclui treinamento dos pais, e
emprega jogos em seus métodos.
O
autismo é um distúrbio neurobiológico complexo que inibe a capacidade de uma
pessoa para comunicar e desenvolver relações sociais, e muitas vezes são acompanhados
por novos desafios comportamentais. Até recentemente, o diagnóstico de autismo
normalmente não ocorria até que a criança tivesse cerca de três a cinco anos de
idade, quando então recebiam orientação para os programas de tratamento. Hoje,
Volkmar e sua equipe estão realizando o diagnóstico de crianças com a idade de
um ano. O ‘Pivotal response treatment’, desenvolvido na Universidade da
Califórnia-Santa Barbara, combina aspectos do desenvolvimento e da aprendizagem
e seu desenvolvimento, e fácil de implementar em crianças menores de dois anos.
No
estudo atual, a equipe usou imagens de ressonância magnética funcional - pela
primeira vez - para medir as mudanças recentes na atividade cerebral de duas
crianças com ASD com cinco anos de idade que receberam o ‘Pivotal response
treatment’. O co-autora Pamela Ventola utilizou este método de tratamento para
identificar objetivos comportamentais distintos para cada criança no estudo, e
depois reforçou essas habilidades específicas com tratamento que envolvia atividades
lúdicas motivacionais.
A
equipe descobriu que as crianças que receberam o tratamento apresentaram
melhoras no comportamento, e foram capazes de falar com outras pessoas. Além
disso, as imagens da ressonância magnética mostraram um aumento na atividade
cerebral aumentada nas regiões que apoiam a percepção social.
Os resultados deste estudo são de duas
crianças, mas os pesquisadores estão atualmente conduzindo um estudo em larga
escala com 60 crianças. Pelphrey disse que, embora as crianças do presente
estudo recebessem o mesmo tipo de tratamento, os resultados não foram
homogêneos, porque a ASD é uma doença multifacetada que tem um efeito exclusivo
em cada criança.
Para
Volkmar estes resultados são o primeiro passo de uma nova abordagem para o
planejamento do tratamento.
"A
pesquisa sobre o autismo já percorreu um longo caminho", disse ele.
"Estes resultados são animadores porque eles demonstram que a intervenção
precoce funciona no autismo”.
Fonte texto e imagem: Yale News
Para
ver o estudo siga o link: Child Study Center
Fonte: Neurociência e Aprendizagem
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