Estudo relaciona ronco alto e frequente a problemas comportamentais em crianças

Distúrbio costuma ser indicador de doenças respiratórias mais graves que prejudicam a qualidade do sono dos mais jovens



Depressão, hiperatividade e dificuldade de atenção: ronco pode predispor crianças
 a esses problemas comportamentais (Thinkstock)

Crianças que roncam alto e frequentemente têm maiores riscos de apresentar problemas comportamentais como hiperatividade, depressão e dificuldade de atenção. Essa é a conclusão de um estudo publicado nesta segunda-feira na revista Pediatrics. Segundo os pesquisadores, que são do Hospital da Criança de Cincinnati, em Ohio, nos Estados Unidos, esse efeito ocorre principalmente entre jovens de dois a três anos de idade. O problema pode indicar também a presença de distúrbios respiratórios mais graves.


Participaram do estudo 250 crianças - cerca uma em cada dez sofria de ronco persistente. Após entrevistas com os pais dos pacientes, os pesquisadores concluíram que aqueles que roncavam alto com frequência (ao menos duas vezes por semana), e que tinham entre dois e três anos de idade, eram mais propensos a apresentar problemas comportamentais do que crianças que não roncavam ou que eram mais velhas. Ainda de acordo com os resultados, níveis socioeconômicos mais baixos e falta de aleitamento materno no primeiro ano de vida também contribuíram para o aumento desse risco.

"Muitas crianças roncam com frequência. É importante saber que esse problema, quando persiste por muito tempo, não é normal, especialmente pelo fato de prejudicar o comportamento dos mais novos", diz o coordenador do estudo, Dean Beebe. "O ronco pode ser um sinal de problemas respiratórios mais graves que são tratáveis. Eu encorajo os pais a falarem com algum médico sobre o ronco de seus filhos, especialmente se o quadro é frequente."


Segundo Marcelo Reibscheid, pediatra do Hospital São Luiz, em São Paulo, os problemas comportamentais são derivados da baixa qualidade do sono das crianças afetadas. Esses problemas fazem com que as crianças apresentem problemas de humor, concentração e aprendizado.

Fonte: Veja

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