Tarefa escolar
define-se como uma atividade designada pelos professores para ser realizada em
horário não letivo (Eliam, 2001) a fim de serem fixados os conteúdos ensinados
pelos professores durante a aula.
Normalmente
estas tarefas são realizadas em casa com o auxílio dos pais ou responsável pela
criança. Em relação ao envolvimento parental na tarefa de casa, pesquisas
afirmam que esse envolvimento parece ser recurso de grande importância para
promover o bom desempenho acadêmico (e.g., Cooper, 2000; Eliam 2001; Grolnick
& Slowiaczek, 1994; Hill & Craft, 2003).
Porém na
maioria das vezes, nota-se a dificuldade de realizar esta atividade, devido a
vários fatores, por vezes os pais não conseguem completar atividade com os
filhos, ou esta se prolonga demais, tornando-se uma situação extremamente
aversiva.
Assim
procedendo, os pais podem reforçar positivamente comportamentos inadequados do
filho como, por exemplo, fazer birra, esperar que os pais façam a atividade por
ele, dizer que não quer fazer a tarefa, etc. ao mesmo tempo em que se livram
das birras e da obrigação de ajudá-lo.
Além disso,
Hübner e Marinotti (2000) apontam que frente a essas situações, muitos pais
passam a usar esquemas de reforço inconsistentes e acentuam o uso de punições.
O modelo
comportamental ajuda nessas situações, pois com ele pode-se:
•1º)
Identificar as variáveis independentes que prevalecem no ambiente educacional.
•2ª)
Compreender e prevenir comportamentos determinados por essas variáveis.
•3º) Através
de método científico à investigação e elaboração de técnicas e intervenções a
fim de promover mudanças comportamentais úteis e adequadas (pelo menos do ponto
de vista de quem decidiu as mudanças).
Para os
analistas comportamentais ensinar seria arranjar ou dispor contingências para a
aprendizagem eficaz; arranjar contingências para o ensino eficaz depende
estreitamente da análise dos três elementos observáveis na presença dos quais o
comportamento ocorre:
1.um evento
antecedente (estímulo discriminativo ou eliciador) Ex: uma instrução verbal, um
comando, uma figura, um som ou cor.
2.uma resposta
funcionalmente relacionada com o evento antecedente.
3.Um evento
conseqüente (estímulo reforçador) que enfraqueça ou fortaleça a resposta,
dependendo das relações de apresentação ou remoção que estabelecer com ela.
Para favorecer
uma ambiente adequado de estudo é necessário estabelecer um local apropriado e
especifico para o estudo; o ideal é selecionar um ambiente reservado da casa em
que haja uma mesa confortável, boa iluminação, silencio, pouco transito de
pessoas, e poucos objetos, pois estes podem causar distração.
Disponibilizar
todo material escolar necessário para realização da tarefa, é necessário fazer
extinção de respostas incompatíveis com a realização da tarefa, é importante
elogiar quando a criança faz atividade, fazer o pareamento da hora da tarefa
com estímulos agradáveis.
Depois de
cumpridas as atividades programadas, faz-se um momento de lazer. A razão para
isso é que primeiro a criança deve cumprir seus deveres para depois realizar
atividades que gosta. Com isso, a criança não tem o acesso limitado aos seus
direitos nem é obrigada a cumprir deveres sem receber nada em troca por isso.
Do ponto de
vista técnico, esse procedimento condiciona a oportunidade da criança de se
engajar em um comportamento que goste muito e que tenha alta probabilidade de
ocorrência(brincar, ver TV) à emissão de um comportamento que ocorre em baixa
probabilidade(fazer os exercícios). Nesse caso, o comportamento de alta
probabilidade reforça a emissão dos comportamentos menos prováveis.
(Premack,1959;1962)
Por Maria Aparecida Silva Melo
Fonte: Psicologado
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