Reflexão


“Existe na alma da criança um segredo impenetrável que se revela gradualmente enquanto se desenvolve. A consciência vem ao mundo como uma bola incandescente de imaginação. A imaginação está intimamente ligada à criatividade, à ingenuidade, às reações aos desafios da vida. O que imaginamos é o que criamos”.

Maria Montessori (1870-1952), educadora italiana, médica e feminista

O adolescente e a busca pela droga


Infelizmente pesquisas revelam que 20% dos jovens brasileiros de classe média já experimentaram drogas. Em pesquisa da OBID (Observatório Brasileiro de Informações sobe Drogas), o índice de meninas, de 12 a 17 anos, usuárias de álcool cresceu de 44,7% em 2001 para 50,8% em 2005. Outros dados impactantes na cidade de São Paulo são dos que já utilizaram psicotrópicos pelo menos uma vez na vida, sendo meninos e meninas concomitantemente: Maconha 8,4% e 5,2%; Crack 0,3% e 0,3%; Anfetamínicos 2,5% e 3,8%; Tabaco 21,5% e 30,2% e Álcool 66,1% e 73,8%. A pesquisa revela que 3,5% dos meninos e 2,8% das meninas entrevistados fazem uso frequente de algum tipo de droga.
 
Qual a postura de enfrentamento necessária para os pais diante de tamanha problemática social?

Sabemos que o uso de drogas causa prejuízos importantes e graves complicações na saúde de um indivíduo, além de produzir efeitos negativos nos aspectos pessoal, social e, futuramente, profissional. O uso de álcool em altas doses pode afetar grande parte do organismo, como sistema gastrointestinal, cardiovascular e nervoso, gerando, entre outros, déficits cognitivos e déficits de memória grave.

Ao mesmo tempo, o álcool e as drogas são poderosos socializadores, trocando a insegurança pela aceitação no grupo. De acordo com o modelo de aprendizagem social, beber é resultado destas influências sociais, seja de familiares ou colegas, são estas referencias que definem crenças e expectativas com relação ao álcool e seu uso.

O papel dos pais é determinante na manutenção ou eliminação de tal hábito. Um exemplo, pais que utilizam-se do álcool de forma exagerada, podem gerar nas crianças a necessidade por comportamentos semelhantes, esse modelo não se aplica somente a beber, mas também para o uso de uma substância que possa produzir o mesmo efeito. É importante ressaltar que atitudes radicais de pais abstinentes também são um risco aumentado para o desenvolvimento de problemas com bebidas.

Habitualmente encontramos em textos e artigos alguns comportamentos citados como denunciadores de possível uso de drogas, como falta ou excesso de apetite, afastamento social, queda no rendimento escolar, olhos avermelhados ou vidrados, falta ou excesso de sono, irritabilidade, isolamento familiar e gastos excessivos, porém, estes podem ser sérios enganadores. Vale lembrar que o uso de drogas tem início ocasional e somente quando o adolescente já apresenta uso ou abuso de determinada substância é que os pais começam a identificar sinais, além de que com as alterações físicas e emocionais típicas da adolescência, nossos jovens estão mais suscetíveis a estas exposições.

Nota-se que pais que mantém forte vínculo afetivo com seus filhos, apresentam maior facilidade para identificar problemas e mudanças comportamentais, lembrando que proximidade não significa controle e “xeretar” os pertences de seu filho não ajudará na situação, mas sim um diálogo aberto, demonstração de amor e até de preocupação.

Observa-se também que frequentemente os adolescentes que recorrem às drogas apresentam, desde pequenos, dificuldades em lidar com regras, o que os torna pouco resistentes à frustração. Portanto, além da comunicação eficaz e com afetividade, deve existir seriedade no cumprimento das regras estabelecidas pelos pais, demonstrando acolhimento, mas firmeza.

Sabemos que não existem receitas para a educação de nossos filhos, principalmente porque cada indivíduo é único e apresenta características próprias em suas relações interpessoais, mas uma educação pautada no amor, na segurança e na transparência gera benefícios na comunicação da família e, consequentemente, na proposta de uma vida social mais saudável.

Talita Marchetti
Psicóloga Comportamental – Cognitiva

Livro para criança: Somos todos diferentes


Felizmente somos todos diferentes, quer a nível físico, quer a nível emocional.

Este livro-brinquedo promete encantar os mais novos, mostrando crianças diferentes e dos vários cantos do globo.

No final, há uma surpresa – um espelho, para um exercício divertido de auto-descoberta, e também uma página onde cada criança pode registar as suas características especiais.

Uma obra feita de ternura, à imagem do mundo infantil.

Tema abordado: Diferenças

O uso de combinados e a promoção da cultura de paz

 
No dia a dia das escolas, é muito comum que os profissionais da educação manifestem várias queixas, como: "não consigo dar nenhuma aula sem perder muito tempo resolvendo questões de indisciplina", "os alunos conversam demais", "os alunos são agressivos, xingam-se um ao outro o tempo todo", "os alunos não fazem as tarefas", "os alunos depredam a escola", "os alunos não trazem o material pedido, não fazem trabalhos". Por outro lado, a equipe de direção das escolas também costuma fazer queixas com relação ao corpo docente, como faltas de professores, atrasos, não cumprimento de prazos, aulas não planejadas ou de má qualidade, falta de respeito às regras coletivas da instituição. E para completar o quadro, os professores muitas vezes manifestam insatisfação com relação ao trabalho dos seus líderes, reclamando da ausência, de falta de "pulso firme" ou de excesso de autoritarismo.

Tendo em vista esta realidade, o uso de combinados (pactos de convivência ou acordos coletivos) tem sido uma das soluções mais destacadas pelo Projeto Não-Violência para suprir as necessidades mais urgentes das escolas. Na literatura encontramos o livro Tá Combinado – Construindo um pacto de convivência na escola, de Feizi Milani, que constitui uma obra de referência no assunto e tem sido o nosso guia para reflexão e implantação destes acordos coletivos.

Sabemos que as escolas atualmente encontram muitas dificuldades de estabelecer um padrão de autoridade com relação ao cumprimento das normas. A tradição do autoritarismo presente na escola antiga e muito acentuada no regime militar, ainda permanece nas instituições de ensino atuais, ainda que de forma mais amena. A visão autoritária tende a utilizar o medo como forma de manter o controle. As regras são impostas aos alunos, que precisam obedecer cegamente. Quando a obediência não ocorre, estabelece-se uma punição. E não há praticamente diferenciação entre crianças e adolescentes, alunos do ensino fundamental ou do ensino médio, no sentido de que todos devem acatar as normas sem questionamentos.


Porém, o que percebemos é que esta autoridade baseada no medo não tem se sustentado na realidade atual. As crianças e adolescentes da nova geração estão recebendo um tipo de educação muitos menos rígida do que a educação militar dos anos da ditadura. Em função disso, não é possível simplesmente querer controlar os alunos através do medo, mas sim encontrar alternativas para lidar com estas crianças de maneira mais efetiva.

A idéia de fazer combinados entra como uma solução não repressiva para o problema da indisciplina e da crise de autoridade do professor. Sua proposta fundamental é construir coletivamente os "acordos" necessários para criar e manter um convívio de respeito e solidariedade entre profissionais, alunos e pais e, com isso, prevenir os problemas de violência e indisciplina na escola.


O pressuposto que fundamenta o uso de combinados é muito simples: quando participamos da construção das regras que regem um determinado ambiente temos muito mais facilidade de aceitar e cumprir o que é decidido. Quando recebemos as regras prontas, quando alguém nos impõe uma determinada norma, automaticamente surge um sentimento de rebeldia, de revolta. Por exemplo: se o (a) seu (sua) companheiro (a) se dirigir a você de forma imperativa, falando o seguinte "eu lavo a louça e você passa a roupa" – como é sua tendência de reagir? Normalmente sentimos que o outro está "dando ordens" e nos sentimos desrespeitados. Porém, se seu (sua) companheiro (a) propor uma conversa do tipo "vamos combinar uma divisão de tarefas domésticas em casa" – a reação não tende a ser diferente? Quando sentimos que nossa opinião é respeitada e podemos participar das decisões, tendemos a acolher e respeitar mais efetivamente as regras de convivência. Neste exemplo, através da conversa, o casal pode até chegar à mesma decisão que seria proposta de forma autoritária, porém independentemente do resultado é muito mais importante o processo, a forma como as coisas foram combinadas.

Assim, dentro de uma escola, os alunos certamente se sentirão mais respeitados e ouvidos se puderem participar da construção das regras de convivência em sala de aula. É claro que cada faixa etária possui um nível de maturidade e a capacidade de participação vai aumentando na medida em que o aluno fica mais velho. Crianças menores podem participar da construção de regras escolhendo frases ou figuras representando comportamentos que são importantes para um bom convívio em sala de aula. A partir da 5a série, os alunos podem escrever suas próprias frases e, com a ajuda do professor, construir um combinado próprio para a sala de aula. Adolescentes a partir da 8a série podem construir combinados mais específicos, participar de algumas decisões da escola, atuar em grêmios e projetos extra classe.


Fazer combinados não significa apenas captar a opinião dos alunos e construir um cartaz bonito com as responsabilidades do grupo. Significa também uma mudança de postura por parte do educador. O professor precisa abandonar os velhos métodos autoritários e se propor a construir uma relação afetiva com sua turma. Precisa estar disposto a ouvir, a respeitar cada criança, a conquistar a confiança da turma. Precisa estabelecer limites justos, que ajudem a criança a se desenvolver moralmente, em vez de causar apenas humilhação e revolta. Agindo assim, normalmente o professor leva mais tempo para conquistar o respeito da turma, porém, quando essa conquista ocorre ela é permanente, pois o professor atinge uma autoridade que não se baseia apenas no medo, mas numa verdadeira relação de confiança e admiração pelo mestre. Quando educamos as crianças para se comportar bem em função do medo de receber punição, corremos o risco de formar pessoas capazes de obedecer quando são vigiadas, mas que agem de forma anti-ética quando "ninguém está olhando". Os combinados ajudam a criar uma cidadania autêntica e não apenas um jogo de hipocrisia social onde o que vale é a aparência de bondade.

A prática de construir combinados tem sido realizada por diversos educadores e instituições de ensino, com sucesso. As teorias mais recentes sobre educação costumam apoiar esta idéia, defendendo um panorama mais democrático em sala de aula. Como não podemos voltar no tempo e ao mesmo tempo precisamos mudar para garantir uma relação de respeito entre educadores e educandos, acreditamos que investir na construção de combinados e lutar para mudar a concepção vigente sobre autoridade são condições essenciais para o fortalecimento da cultura da paz - tão almejada - na sociedade.

Construção de Combinados: relato de uma experiência

Os trabalhos iniciaram no Colégio Estadual Cecília Meireles no segundo semestre de 2005. Inicialmente um pequeno grupo de lideranças da escola estudou o livro 'Tá Combinado', recebendo orientação da equipe do PNV. No início do ano de 2006, durante a semana pedagógica – período de planejamento e capacitação dos professores - construímos o pacto de convivência dos profissionais da escola, um combinado voltado para ajudar a manter um ambiente de convívio pacífico entre os adultos da instituição.

Quando as aulas iniciaram, a primeira semana foi utilizada para construir os pactos de convivência entre os alunos. Ao invés dos professores iniciarem com suas disciplinas e conteúdos específicos, dedicaram-se a construir um bom vínculo com os alunos e um combinado que pudesse balizar a relação não só entre os alunos mas também entre alunos e professores. Cada professor representante coordenou uma série de atividades destinadas a sensibilizar os alunos para a importância dos combinados, estimular os alunos a darem sua opinião e construir um cartaz com direitos e deveres de estudantes e professores.


Apesar da construção de combinados ter sido efetuada de maneira relativamente tranqüila, sabemos que nenhum trabalho novo na área de educação costuma trazer resultados imediatos, pois naturalmente surgem problemas e dificuldades... Os alunos não estavam acostumados a opinar, por isso receberam a idéia sem tanto comprometimento e acabaram não aproveitando o espaço que tiveram. Os professores, por sua vez, acostumados a uma cultura de entregar tudo pronto aos alunos, tiveram dificuldade de manter as salas organizadas durante a construção e, mais tarde, também tiveram problemas para estimular os alunos a cumprirem os combinados. Muitos professores esqueceram ou deixaram de lado o acordo coletivo e continuaram impondo as regras como sempre fizeram... Em compensação, muitos professores também relataram que conseguiram trabalhar melhor com suas turmas, que o convívio e o respeito melhoraram.

Tão importante quando a construção do pacto é também a manutenção do pacto, ou seja, o trabalho diário com o combinado para que ele não seja apenas mais um cartaz grudado na parede, mas uma autêntica expressão das necessidades dos alunos e professores. Assim surgiu o "espaço permanente de diálogo", uma reunião quinzenal realizada pelos profissionais com o intuito de discutir as dificuldades de manutenção do pacto, compartilhar experiências e casos de sucesso. A criação desse espaço foi excelente para a integração da escola, pois os profissionais tornaram-se mais unidos, mais aptos e seguros para lidar com as dificuldades do cotidiano escolar, mais cientes do seu papel de educador e mais comprometidos com a escola.


Os conselhos de classe no Colégio Cecília Meireles também mudaram. Os critérios estabelecidos pelos combinados são usados como forma de avaliar profissionais e alunos. Tanto os professores avaliam suas turmas como as turmas avaliam os professores. E todos também realizam a auto-avaliação. As avaliações não têm o objetivo de gerar alguma nota ou conceito, mas de promover diretrizes para mudanças, para melhorar os comportamentos e tornar o convívio melhor.

Se a punição é algo que temos que reduzir numa cultura baseada no diálogo e no respeito, a recompensa, ao contrário, deve ser estimulada. Desta forma a escola passou a utilizar mais o reconhecimento como forma de estimular bons comportamentos. Alunos são reconhecidos não apenas pela nota, mas por serem participativos, bons ouvintes, respeitosos, criativos e por pequenas melhoras no comportamento. Os profissionais também são reconhecidos pelo seu trabalho, pela relação positiva que têm com os alunos, pelo seu respeito aos combinados. Isso contribui para um aperfeiçoamento crescente da prática pedagógica e para o comprometimento cada vez maior com a escola.

Enfim, com este trabalho, percebemos que os combinados constituem uma forma muito interessante de promover o espírito coletivo, fazendo com que a linguagem dos profissionais da escola seja mais uniforme – não no sentido de padronizada - mas de sintonizada. Ou seja, cada vez mais os profissionais tendem a compartilhar e praticar os mesmos princípios, potencializando o efeito da educação na vida dos alunos. Esperamos que os educadores possam cada vez mais compreender que sem uma mudança na maneira como pensamos a educação, a prática dificilmente se consolida, pois precisamos romper com as velhas amarras do tradicionalismo e buscar novos modelos para construir uma educação que tenha sentido e significado e que seja transformadora na vida dos alunos e gratificante para os profissionais.

Fonte: Projeto Não-Violência

Livro para crianças: Tico e os Lobos Maus



Para criança que tem medo de dormir este livro fala dos pesadelos de forma afetuosa e muito humor, são o tema presente nas ilustrações de Tico e os Lobos Maus.

Tico, um pequeno coelho de imaginação muito fértil, acorda de um terrível pesadelo repleto de lobos maus. Ao contá-lo para a mãe, vai deixando petrificados seus irmãos e irmãs, com os quais divide a cama.

Mas Mamãe Coelha não se deixa impressionar, "Cem lobos? Tem certeza?", e em pouco tempo a centena de terríveis lobos ferozes se torna apenas um pequeno bando.

Tema: Hora de Dormir, Medo, Fantasia e Imaginação

Estresse infantil

Agenda cheia, reprovação dos pais, conflitos na escola. Pesquisas na área de neurociência e comportamento mostram como a exposição a fatores estressantes compromete o desenvolvimento das crianças e o que fazer para evitar danos futuros
 
 
Natação, inglês, equitação, tênis, futebol. É cada vez mais comum encontrar crianças que mal saíram da pré-escola e já cumprem agendas de “miniexecutivo”, com compromissos que se estendem ao longo do dia. A intenção dos pais ao submeter os filhos a essas rotinas é torná-los adultos superpreparados para o competitivo mundo moderno. O preço que se paga por tanto esforço, porém, pode ser alto. Ainda pequenas, essas crianças passam a apresentar um problema de gente grande, o estresse. “É uma troca que não vale a pena”, afirma o psicoterapeuta João Figueiró, um dos fundadores do Instituto Zero a Seis, instituição especializada na atenção à primeira infância. “Frequentemente essa rotina impõe à criança um sentimento de incompetência, pois lhe são atribuídas tarefas para as quais ela não está neurologicamente capacitada.” Como uma bomba-relógio prestes a explodir, o estresse infantil tem ganhado status de problema de saúde pública. Nos Estados Unidos, por exemplo, a Academia Americana de Pediatria publicou, em dezembro, novas diretrizes para ajudar os médicos a identificar e tratar esse mal. O risco dessa exposição, alertam os cientistas, são danos que vão bem além da infância, como a propensão a doenças coronarianas, diabetes, uso de drogas e depressão.

Bullying: Carta de adolescente divulgada expondo agressão sofrida


Uma carta escrita por Ricardo, adolescente de 15 anos, que foi divulgada pela imprensa esta semana, chamou a atenção pela sua dramaticidade. Ele mora no interior do Rio Grande do Sul, assumiu sua homossexualidade para a família e sofreu preconceito, humilhação, bullying e homofobia na escola. Ana Maria Braga falou sobre o caso no Mais Você desta quinta, 22 de março. A apresentadora recebeu o adolescente, bem como um psiquiatra infantil.

No último dia 13, ele foi ameaçado por um colega e pediu ajuda a um professor, mas não foi ouvido. Depois da aula, foi espancado. É um caso de dupla violência: bullying e homofobia. “Quem está aqui comigo é o psiquiatra infantil Gustavo Teixeira. Ele trabalha orientando professores, pais e alunos sobre o bullying dentro das escolas”, anunciou Ana Maria.

Adolescente conversa com Ana

Livro para criança: O Cachecol


A mudança da avó e da neta do sítio em que moravam para a cidade é narrada de forma diferente pelas duas personagens.

O que sente e pensa a neta é muito diferente daquilo que a avó sente e pensa, revelando que cada pessoa vê, entende e vive as situações segundo sua própria história de vida.

Os sentimentos da neta, entusiasmada com as novidades da vida na cidade, levam-na a pensar que o mesmo ocorre com a avó.

O medo que sente a avó, assustada com o movimento e o barulho da cidade, levam-na a pensar que a neta também está sofrendo.

Em dez anos, triplica número de atendimentos em hospital de SP a crianças que sofreram abuso sexual

Hospital Estadual Pérola Byington também registrou crescimento da procura pelo serviço entre adolescentes de 12 a 18 anos

Abuso sexual infantil: em dez anos, atendimento a crianças triplica em hospital de São Paulo (ThinkStock)


Segundo levantamento da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo, o número de crianças atendidas no Núcleo de Violência Sexual do Hospital Estadual Pérola Byington triplicou nos últimos dez anos. Os dados, que se referem ao período entre 2001 e 2011, também mostram que houve crescimento dos adolescentes entre 12 e 18 anos que procuraram o serviço.

Definição de autismo está a ser revista e poderá reduzir número de diagnósticos



O autismo, uma perturbação do desenvolvimento que se manifesta normalmente durante a infância, passou de uma doença quase desconhecida a um “surto” de diagnósticos. Motivo que está a levar a Associação Americana de Psiquiatria a reformular a definição de autismo e de outras patologias do mesmo espectro. A mudança deverá traduzir-se numa redução do número de diagnósticos – o que segundo os especialistas pode ser um passo positivo. Porém, a ser assim os apoios escolares que dependem deste diagnóstico também ficariam em causa.

Entenda porque os autistas rejeitam toque social


Ryan Mcginnis


Um dos maiores desafios para as famílias que enfrentam o autismo é o problema do toque. Muitas vezes, as crianças autistas resistir abraços e outros tipos de contato físico, causando sofrimento ao redor.

Agora, um novo estudo oferece uma visão sobre por que algumas pessoas rejeitam toques físicos e como as famílias afetadas pelo autismo podem aprender a compartilhar abraços sem sobrecarregar os sentidos uma criança autista.

Reflexão





"Ensinar é saber que num mesmo lugar estarão mentes brilhantes e gênios indomáveis." 

Alda Marmo

O Brincar e a Educação Auto-reguladora



É na infância que nos programamos para a vida adulta. Carregamos conosco medos, críticas, inseguranças, desconfianças, etc, que determinam nossa maneira de ser e de agir como adultos. Essas sensações se impregnaram em nossas mentes, corações e também em nossos corpos. Com isso nos encouraçamos e esquecemos de nossa essência. Esses mecanismos de defesa nos dão uma falsa idéia de segurança, nos afastando do mundo real, e às vezes até de nós mesmos. Assim não damos espaço para a espontaneidade e para o bem-estar em nossas vidas.

Comportamento Pró-Estudo: texto usado para orientação com os pais



Tarefa escolar define-se como uma atividade designada pelos professores para ser realizada em horário não letivo (Eliam, 2001) a fim de serem fixados os conteúdos ensinados pelos professores durante a aula.

Normalmente estas tarefas são realizadas em casa com o auxílio dos pais ou responsável pela criança. Em relação ao envolvimento parental na tarefa de casa, pesquisas afirmam que esse envolvimento parece ser recurso de grande importância para promover o bom desempenho acadêmico (e.g., Cooper, 2000; Eliam 2001; Grolnick & Slowiaczek, 1994; Hill & Craft, 2003).

Porém na maioria das vezes, nota-se a dificuldade de realizar esta atividade, devido a vários fatores, por vezes os pais não conseguem completar atividade com os filhos, ou esta se prolonga demais, tornando-se uma situação extremamente aversiva.

Tapinhas Machucam Sim

Imagem de Jean Winters Olkonen


A punição corporal é uma prática educativa que sempre foi muito utilizada por pais. Os resultados de pesquisas (weber, Viezzer & Brandenburg, 2004) mostram como a palmada está difundida no meio familiar e como ela pode se tornar abuso infantil. Esta pesquisa indicou que 88% das crianças e adolescentes (de 9 a 14 anos de diferentes níveis econômicos) já apanharam. O que surpreende também, é que 66% dessas crianças e adolescentes concordaram com a idéia de que, quando fazem coisas erradas, as crianças devem apanhar. Isso indica que muitos filhos estão herdando o conceito de que o bater é necessário para a educação, é assim que essa prática educativa vai passando de geração em geração. Outra pesquisa, feita no SOS-Criança de Curitiba mostra que a punição física pode ultrapassar limites e transformar-se em violência (weber e cols., 2002). Os resultados desta pesquisa mostram que o agressor alegou que estava educando e corrigindo o comportamento da criança ou adolescente (52%). Entre os 400 registros de denúncia estudados nesta pesquisa, pouco mais da metade foi de pais que agridem seus filhos pensando estar educando.

Livro para Crianças: Paúra - 20 coisas que você morre de medo e como encarar todas elas


O livro mostra medos de naturezas diferentes – alguns bem reais e outros que são apenas do mundo imaginário – listando todos os perigos, mas também explica como se salvar de tudo que pode ser ameaçador. Os medos são estudados com humor sem desrespeitar as razões que fazem as crianças ficarem com medo de certas situações, pessoas ou lugares. A linguagem é informal como uma conversa direta com o pequeno leitor, sendo o autor alguém que entende que o medo é algo natural e tenta tratar o assunto de maneira mais descontraída possível. O livro cita medos de dentista, de barata e de fantasmas, todos eles o leitor pode ter ou conhece alguém que tenha.

O grande diferencial do livro é a maneira como ele trata o enfrentamento do medo: depois de assustar bastante o leitor descrevendo algum medo, logo abaixo a seção “Vai encarar?” oferece dicas para que a criança se salve, o que deve ser evitado e outras informações importantes. O que também pode ser considerado elemento de terror é que nunca é dito que monstros ou assombrações não existem: o livro tem a proposta de manter todos esses perigos tão reais quanto as pessoas que podemos encontrar pela rua, deixando assim no mesmo patamar seres imaginários e pessoas de carne e osso.

As ilustrações de Gustavo Duarte não poupam as crianças desenhadas por ele dos perigos apresentados nos livros: elas são sequestradas, amedrontadas, perseguidas, atacadas.As expressões são sempre de susto, pavor, choro ou desespero. As crianças aparentam ter idade entre 5 e 7 anos, faixa etária dos leitores desse livro. Desenhar crianças da mesma idade que aqueles que estão lendo aproxima o livro do leitor.


Por Felipe Campos

Pesquisa Interessante: Falta de maturidade pode ser confundida com TDAH

Crianças mais novas do que seus colegas de sala são erroneamente diagnosticadas com transtorno de déficit de atenção

Falta de maturidade: comportamento de crianças mais novas do que colegas de sala pode ser confundido com TDAH (Thinkstock Images)

Uma nova pesquisa sugere que crianças mais novas do que seus colegas de classe são mais propensas a serem diagnosticadas com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Segundo o estudo, que foi publicado na edição do mês de março do periódico Canadian Medical Association Jorunal, muitas vezes o aluno, por ser mais imaturo do que os outros, recebe um diagnóstico errado e tratamento desnecessário para o TDAH.

Livro para Criança: Mania de Explicação de Adriana Falcão



"O que quer dizer "ainda"?
E "apesar"?
E "saudade"?
E "antes"?"

Essas são as dúvidas de uma garotinha que inventava explicação para cada coisa. Com sua mente incansável, esta menina explica o inexplicável a partir de seu singelo conhecimento. Este livro é ideal para crianças curiosas.

Notícia: Familiarizar as crianças com vegetais é a melhor forma de tornar a alimentação mais saudável

Não adianta 'esconder' vegetais na refeição dos filhos. Para transformar a alimentação saudável em hábito, as crianças precisam conhecer o que estão comendo

Alimentação infantil: crianças tendem a preferir alimentos com os quais estão familiarizadas

Para fazer com que seus filhos sigam uma alimentação saudável, os pais desenvolvem as mais diferentes estratégias, como por exemplo, acrescentar alguns vegetais nos lanches das crianças sem que elas percebam. No entanto, segundo concluíram pesquisadores da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, essa técnica nem sempre é eficaz, já que os jovens não sabem que estão consumindo esse tipo de alimento e, portanto, não desenvolvem o hábito ao longo da vida. A aceitação dos filhos em relação a uma comida saudável, então, não depende de eles serem avisados ou não da presença de verduras e legumes no prato, mas sim da frequência com que esses alimentos são expostos às crianças. Esses resultados foram publicados na edição deste mês do periódico Journal of Nutrition Education and Behavior.

Abusos em crianças podem provocar encolhimento de partes do cérebro



Diferenças nos cérebros de adultos abusados ou não abusado poderia ser a fonte relacionada com a doença mental.

Volume cerebral reduzido em partes do hipocampo poderia ajudar a explicar por que os problemas da infância muitas vezes levam a transtornos psiquiátricos mais tarde, como depressão, vício em drogas e outros problemas mentais, dizem os pesquisadores.

Especialista dá dicas para identificar crimes sexuais contra crianças



Os crimes sexuais contra crianças e adolescentes corresponderam a 16% das denúncias recebidas pelo Disque Direitos Humanos (0800 031 1119) em 2011, com 336 relatos. Só os crimes de violência física dentro da própria família e de negligência e abandono, com 752 e 746 denúncias, respectivamente, superaram os relatos de crimes sexuais. Mas como identificar esse tipo de violência, que muitas vezes ocorre dentro da própria família?

Reflexão: Vida Maria

Assista ao vídeo e reflita!!!




"A interação com os pais e o modelo que eles fornecem são elementos fundamentais para a formação de padrões de comportamentos de uma pessoa. Sendo desse modo, é muito comum que alguém faça algo de forma semelhante ao realizado por outra pessoa que lhe serviu de modelo, mesmo que não concorde com a maneira desse modelo se comportar. Isso porque, quando alguém exerce grande influência na vida de uma outra pessoa (como os pais exercem com seus filhos) aquele alguém muito provavelmente se tornará um modelo a ser repetido, especialmente se quem segue o modelo não tem a oportunidade de aprender maneiras diferentes de agir numa mesma situação (Skinner, 1981)."

Reflexão tirada do texto: Orientação: filho de peixe...

Reflexão


Há outras maneiras de enfraquecer um comportamento indesejado, que permitem descartar a punição. O mais indicado é reforçamento de comportamentos incompatíveis ou de quaisquer outros comportamentos (diferentes dos indesejados).

Hélio Guilhardi