'A Carta' de Abraham Lincoln ao professor de seu filho:

"Caro professor, ele terá de aprender que nem todos os homens são justos, nem todos são verdadeiros, mas por favor diga-lhe que, por cada vilão há um herói, que por cada egoísta, há também um líder dedicado, ensine-lhe por favor que por cada inimigo haverá também um amigo, ensine-lhe que mais vale uma moeda ganha que uma moeda encontrada, ensine-o a perder mas também a saber gozar da vitória, afaste-o da inveja e dê-lhe a conhecer a alegria profunda do sorriso silencioso, faça-o maravilhar-se com os livros, mas deixe-o também perder-se com os pássaros do céu, as flores do campo, os montes e os vales.

Nas brincadeiras com os amigos, explique-lhe que a derrota honrosa vale mais que a vitória vergonhosa, ensine-o a acreditar em si, mesmo se sozinho contra todos. Ensine-o a ser gentil com os gentis e duro com os duros, ensine-o a nunca entrar no comboio simplesmente porque os outros também entraram.

Ensine-o a ouvir a todos, mas, na hora da verdade, a decidir sozinho, ensine-o a rir quando esta triste e explique-lhe que por vezes os homens também choram. Ensine-o a ignorar as multidões que reclamam sangue e a lutar só contra todos, se ele achar que tem razão.

Trate-o bem, mas não o mime, pois só o teste do fogo faz o verdadeiro aço, deixe-o ter a coragem de ser impaciente e a paciência de ser corajoso.

Transmita-lhe uma fé sublime no Criador e fé também em si, pois só assim poderá ter fé nos homens.

Eu sei que estou a pedir muito, mas veja que pode fazer, caro professor."

Abraham Lincoln, 1830

Reflexão



“Uma criança que não sabe brincar,
uma miniatura de velho,
será um adulto que não saberá pensar”
(CHATEAU, 1987, P. 14)

Autismo não é problema 'meramente pediátrico', diz pesquisador brasileiro


Alysson Muotri trabalha nos EUA e tem importantes estudos na área.Em visita ao Brasil, cientista deu palestra para médicos e pais de autistas.

O biólogo brasileiro Alysson Muotri, que trabalha na Universidade da Califórnia, em San Diego, EUA, esteve em São Paulo nesta segunda-feira (26) para dar uma palestra a um grupo formado por pais de autistas e médicos que tratam pacientes desse tipo. O evento foi promovido pela associação Autismo e Realidade.

Dificuldade de Aprendizagem


A área da educação nem sempre é cercada somente por sucessos e aprovações. Muitas vezes, no decorrer do ensino, nos deparamos com problemas que deixam os alunos paralisados diante do processo de aprendizagem, assim são rotulados pela família, professores e colegas.

É importante que todos os envolvidos no processo educativo estejam atentos a essas dificuldades, observando se são momentâneos ou se persistem há algum tempo.

As dificuldades podem advir de fatores orgânicos ou mesmo emocionais e é importante que sejam descobertos a fim de auxiliar o desenvolvimento do processo educativo, percebendo se estão associados à preguiça, cansaço, sono, tristeza, agitação, desordem, dentre outros, considerando fatores que também desmotivam o aprendizado.

A dificuldade mais conhecida e que vem a ter grande repercurssão na atualidade é a dislexia, porém, é necessário estarmos atentos a outros problemas: disfragia, discalculia, dislalia, disortografia e o TDAH (trantorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade).

Leia a reportagem na integra: Brasil Escola

Cerca de 70% de crianças envolvidas com bullying sofrem castigo corporal, mostra pesquisa


Brasília - Cerca de 70% das crianças e adolescentes envolvidos com bullying (violência física ou psicológica ocorrida repetidas vezes no colégio) nas escolas sofrem algum tipo de castigo corporal em casa. É o que mostra pesquisa feita com 239 alunos de ensino fundamental em São Carlos (SP) e divulgada hoje (30) pela pesquisadora Lúcia Cavalcanti Williams, da Universidade Federal de São Carlos.

Prevenção dos problemas da Infância e Adolescencia - Enurese e Encoprese

Pelo menos 70% das crianças com enurese tem algum parente que apresentou esse problema na infância.

Quais são os Critérios Diagnósticos nos casos de enurese e encoprese?

Tanto a enurese (falta do controle de urina) quanto a encoprese (falta de controle das fezes) implicam deficiência no controle de esfíncteres, respectivamente vesical e anal, em uma idade em que a maioria das crianças já tem esse domínio. Assim, são consideradas enuréticas ou encopréticas as crianças acima de cinco e quatro anos respectivamente, que ainda não urinam ou não defecam nos locais destinados à eliminação.

Quando podemos suspeitar que a criança apresenta efetivamente um problema de enurese ou encoprese?

Crianças sob fogo cruzado

Sabemos de que é feita uma relação quando ela se desfaz; na separação os filhos podem ser as principais vítimas


por Christian Ingo Lenz Dunker

Em agosto de 2010, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei 12.318, que dispõe sobre a alienação parental, permitindo aos juízes interceder em casos de exageros praticados por um dos pais que ataca a imagem e a autoridade do outro. A síndrome da alienação parental faculta a imposição de penalidades ao cônjuge alienador (desde multa até a inversão da guarda). 

Entrevista com Prof. Dr. Caio Miguel


Uma das perguntas desta brilhante entrevista:

O Brasil vive um movimento social e político em prol da inclusão de pessoas com deficiência nas Escolas Públicas. Em se tratando de Transtornos Invasivos do Desenvolvimento, o que se observa é que muitos professores e gestores enfrentam dificuldades para trabalharem com estes alunos em sala de aula. Existe algum programa que facilite este processo nos Estados Unidos? Quanto aos professores e gestores que as recebem em suas escolas, existe algum tipo de formação especial? Como funciona?


Vale a pena ler!!!

Aprendizagem antes do nascimento: uma história com pintinhos e morangos.


Para você entender esta pesquisa primeiro preciso deixar uma coisa clara: pintinhos não gostam de morango. E já nascem não gostando. Curioso, né? Sneddon & cols (1998) também acharam, e queriam descobrir se podiam fazer algo para mudar isso. Essa pesquisa eu conheci no XX Encontro da ABPMC, no mini-curso da Profª da USP Maria Helena Hunziker.

Os pesquisadores pegaram vários ovos de galinha e os dividiram em quatro grupos. Entre o 15º e o 20º dia de incumbação os pesquisadores liberavam um aroma de morango ao redor do ovo, esfregavam uma pasta de morango ao redor do ovo ou injetavam o aroma no ovo em um espaço de ar.

Se você se interessou, leia mais no: 
Science Blogs

Indicação de filme: Taare Zameen Par - Como estrela na terra, toda criança é especial


Ishaan Awasthi (Darsheel Safary) é um menino de oito anos cujo mundo está cheio de maravilhas que ninguém mais parece apreciar: cores, peixes, cães e pipas; coisas simples que não são importantes no mundo dos adultos, que estão muito mais interessados ​​em coisas como lição de casa, trabalho e limpeza. 
Quando ele começa a se envolver em muitos problemas, seus pais o mandam para um internato. As coisas não são diferentes em sua nova escola, pois ninguém o entende e Ishaan tem de lidar também com o trauma adicional de separar-se de sua família.

Where Children Sleep - Onde dormem as crianças

James Mollison nasceu no Quênia em 1973 e cresceu na Inglaterra.

Depois de estudar arte e design na Universidade de Oxford Brookes, cinema e fotografia em Newport School of Art and Design, ele se mudou para a Itália para trabalhar no laboratório criativo da fábrica da Benetton.

James Mollison viajou ao redor do mundo e decidiu criar uma série de fotografias mostrando os quartos infantis que foi enfim compilada em um livro, Onde Dormem as Crianças.

Cada par de fotografias é acompanhada por uma legenda que conta a história da criança.

O projeto tornou-se uma referência de pensamento crítico sobre a pobreza e a riqueza, sobre a relação da criança com a sua realidade.

Lamine, 12 anos
Vive no Senegal. As camas são básicas, apoiadas por alguns tijolos. Aos seis anos, todas as manhãs, os meninos começam a trabalhar na fazenda-escola onde aprendem a escavação, a colheita do milho e lavrar os campos com burros. Na parte da tarde, eles estudam o Alcorão. Em seu tempo livre, Lamine gosta de jogar futebol com seus amigos.

Tzvika, 9 anos
Mora num bloco de apartamentos em Beitar Illit , um assentamento israelenses na Cisjordânia. É um condomínio fechado de 36.000 Haredi. Televisões e jornais são proibidos no assentamento. Em média, as famílias tem nove filhos, mas Tzvika tem apenas uma irmã e dois irmãos, com quem divide seu quarto. Ele é levado de carro para a escola onde o esporte é banido do currículo. Tzvika vai à biblioteca todos os dias e gosta de ler as escrituras sagradas. Ele também gosta de brincar com jogos religiosos em seu computador, quer se tornar um rabino. Sua comida favorita é bife com batatas fritas.

Jamie, 9 anos
Mora com seus pais, irmão gêmeo e sua irmã em um apartamento na Quinta Avenida em Nova Iorque. Jamie frequenta uma escola de prestígio e é um bom aluno. Em seu tempo livre, ele faz aulas de judô e natação. Quando crescer, quer se tornar um advogado como seu pai.

Indira, 7 anos
Vive com seus pais, irmão e irmã, perto de Kathmandu, no Nepal. Sua casa tem apenas um quarto, com uma cama e um colchão. Na hora de dormir, as crianças compartilham o colchão no chão. Indira trabalha na pedreira de granito local desde os três anos. A família é muito pobre por isso todos tem que trabalhar. Há 150 crianças trabalhando na pedreira. Indira trabalha seis horas por dia além de ajudar a mãe nos afazeres domésticos. Ela também freqüenta a escola, a 30 minutos a pé. Sua comida preferida é macarrão. Ela gostaria de ser bailarina quando crescer.

Kaya, 4 anos
Mora com os pais em um pequeno apartamento em Tóquio, Japão. Seu quarto é forrado do chão ao teto com roupas e bonecas. A mãe de Kaya faz todos os seus vestidos e gostos. Kaya tem 30 vestidos e casacos, 30 pares de sapatos, perucas e um sem número de brinquedos. Quando vai à escola fica chateada por ter que usar uniforme escolar. Suas comidas favoritas são a carne, batata, morango e pêssego. Ela quer ser desenhista quando crescer.

Douha, 10 anos
Mora com os pais e onze irmãos em um campo de refugiados palestinos em Hebron, na Cisjordânia. Ela divide um quarto com outras cinco irmãs. Douha freqüenta uma escola, a 10 minutos a pé, e quer ser pediatra. Seu irmão, Mohammed, matou 23 civis em um ataque suicida contra os israelenses em 1996. Posteriormente, os militares israelenses destruíram a casa da família. Douha tem um cartaz de Maomé em sua parede.

Jasmine (Jazzy), 4 anos

Vive em uma grande casa no Kentucky, EUA, com seus pais e três irmãos. Sua casa é na zona rural, rodeada por campos agrícolas. Seu quarto é cheio de coroas e faixas que ela ganhou em concursos de beleza. A garota já participou de mais de 100 competições. Seu tempo é todo ocupado com os ensaios. Jazzy gostaria de ser uma estrela do rock quando crescer.

Nome e idade desconhecidos
A casa para este garoto e sua família é um colchão em um campo nos arredores de Roma, Itália. A família veio da Romênia de ônibus, depois de pedir dinheiro para pagar as passagens. Quando chegaram a Roma, acamparam em terras particulares, mas foram expulsos pela polícia. Eles não têm documentos de identidade, assim não conseguem um trabalho legal. Os pais do garoto limpam pára-brisas de carros nos semáforos. Ninguém de sua família foi à escola.

Dong, 9 anos
Mora na província de Yunnan, no sudoeste da China, com seus pais, irmã e avó. Ele divide um quarto com a irmã e os pais. A família tem uma propriedade que permite cultivar quantidade suficiente de seu próprio arroz e cana de açúcar. A escola de Dong fica a 20 minutos a pé. Ele gosta de escrever e cantar. Na maioria das noites, ele passa uma hora fazendo o seu dever de casa e uma hora assistindo televisão. Dong gostaria de ser policial.

Roathy, 8 anos
Vive nos arredores de Phnom Penh, Camboja. Sua casa fica em um depósito de lixo enorme. O colchão de Roathy é feito de pneus velhos. Cinco mil pessoas vivem e trabalham ali. Desde os seis anos, todas as manhãs, Roathy e centenas de outras crianças recebem um banho em um centro de caridade local. Antes de começar a trabalhar, recolhe latas e garrafas de plástico, que são vendidos para uma empresa de reciclagem. Um pequeno lanche é muitas vezes a única refeição do dia.

Thais, 11
Mora com os pais e a irmã no terceiro andar de um bloco de apartamentos no Rio de Janeiro, Brasil. Ela divide um quarto com a irmã. Vive nas vizinhanças da Cidade de Deus, que costumava ser conhecida pela rivalidade de gangues e uso de drogas. Thais é fã de Felipe Dylon, um cantor pop, e tem pôsteres dele em sua parede. Ela gostaria de ser modelo.

Nantio, 15

É membro da tribo Rendille no norte do Quênia. Ela tem dois irmãos e duas irmãs. Sua casa é uma pequena barraca feita de plástico. Há um fogo no centro, em torno do qual a família dorme. As tarefas de Nantio incluem cuidar de caprinos, cortar lenha e carregar água. Ela foi até a escola da aldeia por alguns anos, mas decidiu não continuar. Nantio está esperando o seu moran (guerreiro) para casar. Ela só tem um namorado no momento, mas é comum para uma mulher Rendille ter vários namorados antes do casamento.

Joey, 11
Vive em Kentucky, EUA, com seus pais e irmã mais velha. Ele acompanha regularmente o seu pai em caçadas. Ele é dono de duas espingardas e fez sua primeira vítima - um cervo - quando tinha sete anos. Ele está ansioso para usar sua arma durante a nova temporada de caça. Ele ama a vida ao ar livre e espera poder continuar a caçar na idade adulta. Sua família sempre come carne de caça. Joey não concorda que um animal deve ser morto só por esporte. Quando não está caçando, Joey freqüenta a escola e gosta de ver televisão com o seu lagarto de estimação, Lily.

James Mollison espera que o seu trabalho ajude outras crianças a pensar sobre a desigualdade no mundo, para que no futuro elas pensem como agir para diminuir esta diferença.

Internet incentiva as doenças



Enqualto os médicos lutam para evitar a anorexia e a bulimia, alguns doentes se valem da internet para incentivar e disseminar formas para que outras pessoas passem a seguir o que elels chamam de "estilo de vida".

Na rede existem blogs criados pelas chamadas Pró-Anas e Mias (diminutivo de anorexia e bulimia) onde os doentes compartilham receitas e fórmulas para se manterem magros.

Em um deles, uma jovem diz comer duas maças e uma acerola por dia. Outras pediam para ela se manter na dieta. "Isso é reprovável. É como dizer que o câncer no fígado faz bem. Há a distorção do problema. Essas pessoas não se veem doentes." diz o neurologista do Ambulim.

Fonte: Jornal Metro

HC atende 80 casos de distúrbio alimentar por dia

A cada 20 minutos uma pessoa chega ao Ambulim (Ambulatório de Bulimia e Transtornos Alimentares) do Instituto de Pesquisa do Hospital das Clínicas. O número de atendimento não é maior porque a unidade não dá conta da demanda. 

O tratamento muiltidisciplinar é longo e envolve também a família do paciente.

90% dos pacientes são mulheres.
Os casos, em geral,
se desenvolve no fim da infância ou no início da vida adulta.

Fonte: Jornal Metro

Reflexão: Venho por meio deste, apresentar oficialmente meu pedido de demissão da categoria dos adultos.

Resolvi que quero voltar a ter as responsabilidades e as idéias de uma criança de oito anos no máximo.Quero acreditar que o mundo é justo e que todas as pessoas são honestas e boas.


Quero acreditar que tudo é possível. Quero que as complexidades da vida passem desapercebidas por mim e quero ficar encantada com as pequenas maravilhas deste mundo.

Quero de volta uma vida simples e sem complicações.

Cansei dos dias cheios de computadores que falham, montanha de papeladas, notícias deprimentes, contas a pagar, fofocas, doenças e necessidade de atribuir um valor monetário a tudo o que existe. Não quero mais ter que inventar jeitos para fazer o dinheiro chegar até o dia do próximo pagamento.

Não quero mais ser obrigada a dizer adeus ás pessoas queridas e, com elas, à uma parte da minha vida.

Quero viajar ao redor do mundo no barquinho de papel, que vou navegar numa poça deixada pela chuva. Quero jogar pedrinhas na água e ter tempo para olhar as ondas que elas formam. Quero achar que as moedas de chocolate são melhores do que as de verdade, porque podemos comê-las e ficar com a cara toda lambuzada. Quero ficar feliz quando amadurecer o primeiro caju, a primeira manga ou quando a jabuticabeira ficar pretinha de frutas.

Quero poder passar as tardes de verão à sombra de uma árvore, construindo castelos no ar e dividindo-os com meus amigos. Quero voltar a achar que chicletes e picolés são as melhores coisas da vida. Quero que as maiores competições em que eu tenha de entrar sejam um jogo de bola de gude ou uma pelada.

Quero voltar ao tempo em que tudo o que eu sabia era o nome das cores, a tabuada, as cantigas de roda, a “Batatinha quando nasce…” e a “Ave Maria” e que isso não me incomodava nadinha, porque eu não tinha a menor idéia de quantas coisas eu ainda não sabia.

Quero voltar ao tempo em que se é feliz, simplesmente porque se vive na bendita ignorância da existência de coisas que podem nos preocupar ou aborrecer. Quero acreditar no poder dos sorrisos, dos abraços, dos agrados, das palavras gentis, da verdade, da justiça, da paz, dos sonhos, da imaginação, dos castelos no ar e na areia.

Quero estar convencido de que tudo isso… vale muito mais do que o dinheiro!

A partir de hoje, isso é com vocês, porque eu estou me demitindo da vida de adulto.

Como ajudar meu filho(a) a lidar com a raiva?



Todos nós temos sentimentos diferentes. Às vezes sentimos alegria, tristeza, medo e muitos outros, mas vamos focar em um único: a RAIVA

Todos nós ficamos com raiva de vez em quando. A raiva é uma emoção natural, útil e saudável, pois permite-noCelso Goyos explica o que é o autismos saber que algo está errado ou incomodando e precisa ser mudado. O grande problema deste sentimento é a forma que nos comportamos quando experienciamo-o. Algumas pessoas agem descontroladamente, há outras que agem destrutivavmente e as consequências geradas prejudica as relações tanto em casa, como no trabalho ou na escola.

Jovens com TOC contam como lidam com o vício em manias

Inquieta, Andressa Freitas de Souza, 23, bota-se de pé. "Sabe o que é? Se eu não lavar as mãos, não vou conseguir conversar com você."

A garota vê sujeira onde, aparentemente, não há. "Se eu tocar no chão, no rejunte dos pisos, por exemplo, acho que vou me contaminar".

A aflição só passa quando ela abre a torneira da cozinha: "Senão a mente trava", explica, esfregando as mãos com detergente.

Andressa tem TOC (transtorno obsessivo-compulsivo), um distúrbio mental que afeta cerca de 4 milhões de jovens e adultos no Brasil. "A obsessão é aquele pensamento, mesmo sem sentido, que a pessoa não consegue tirar da cabeça. E a compulsão é o ritual feito para afastá-lo", explica Ana Hounie, psiquiatra do Hospital das Clínicas de São Paulo.
De acordo com a especialista, qualquer um pode desenvolver o TOC. E, muitas vezes, os primeiros sinais despontam na adolescência.
Foto Alexandre Resende - Folhapress
Andressa, 23, começou a tratar o TOC com remédios aos 19 anos
CHEIOS DE MANIAS

Autismo

Entendedo o Autismo


"Quero que as pessoas escutem porque, se compreenderem o autismo, as crianças e os adultos autistas não precisarão sofrer a dor e a angústia que sofrem, como aconteceu comigo." Wendy Lawson


Educador explica que a criança precisa saber ouvir “não”, lidar com os limites e respeitar o espaço do outro


A correria e o estresse do dia a dia fazem, muitas vezes, com que os pais não consigam dedicar o tempo que gostariam aos filhos. Mas, ao invés de muitos investirem no tempo com qualidade compensam a ausência com presentes ou fazendo todas as vontades de seus filhos. O resultado não são apenas crianças mimadas, mas, adolescentes que não sabem lidar com a frustração e os limites. Essa é a constatação do educador Leopoldo Vieira, que é mestre em educação especial pela Boston University, especialista em Psicomotricidade Relacional e diretor do CIAR – Centro Internacional de Análise Relacional. “Hoje, é como se as crianças não pudessem mais receber limites, elas crescem sem saber ouvir um ‘não’. Os pais não sabem o que fazer e a criança fica perdida. Quando chega na adolescência ou fase adulta podem ter vários problemas por não saber lidar com as frustrações”, avalia.