Uma das
aplicações da análise do comportamento na educação é com alunos de primeiro
grau que apresentam dificuldades escolares. Tais dificuldades podem ser
originadas de diferentes fontes. A primeira ação a ser realizada por um
psicólogo é caracterizar a dificuldade, investigando suas causas. Algumas delas
são descritas abaixo:
Falhas no
sistema educacional: o método da escola é ineficiente, ou os professores são
inábeis.
Dificuldades
de aprendizagem: a criança tem dificuldade em uma ou mais área do ensino, por
exemplo, em raciocínio matemático ou aprendizado verbal. Condições emocionais:
a criança pode não se sentir bem na escola por conta da relação com os
professores, colegas, ou mesmo problema familiar.
Quadros
neurológicos: neste caso, além da terapia comportamental, recomenda-se
acompanhamento médico.
Depois de
identificado o problema, a intervenção é planejada. A atuação do psicólogo
corre junto à escola, aos pais e à criança. O objetivo é criar condições
favoráveis para o desenvolvimento das habilidades nas quais a criança apresenta
rendimento inadequado. Isto é feito por meio de um planejamento de ensino que
torne o estudo interessante para o aluno e seja apropriado ao seu modo de
resolver problemas (algumas pessoas aprender melhor com imagens e gráficos,
outras com leitura, etc). Além disso, é realizado um trabalho com os pais e
professores, de modo que todos os adultos que lidam com a criança ajam de forma
coerente para seu sucesso.
Muitas vezes
um aluno não tem bom desempenho escolar porque seus hábitos de estudo são
inapropriados. Pode, por exemplo, ler enquanto come ou na frente da televisão.
Nesses casos, o psicólogo e o aluno podem criar estratégias de estudo mais
eficientes, considerando questões como tempo disponível, local de estudo e
conteúdo a ser aprendido. Esse planejamento é particular para cada indivíduo:
enfatiza-se as necessidades pessoais e o modo como a criança se relaciona com
seu ambiente social e emocional.
Por: Robson Brino Faggiani - Psicologia pela Universidade Federal de Santa Catarina, Especialização em Terapia Comportamental e Cognitiva (USP) e Mestrado em Psicologia Experimental (USP). Atualmente, está realizando doutorado na Universidade de São Paulo
Fonte: Psicologia e Ciencia
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